Eyjafallajokull não dá sinais de abrandamento e a maior certeza é a de que continuará a condicionar viagens Ninguém sabe quando o vulcão islandês vai voltar a aquietar-se. Para já, a erupção continua, enquanto diferentes equipas de cientistas tentam recolher o maior número de informações possível para poderem monitorizar as nuvens de cinzas que o Eyjafallajokull teima em cuspir e prever a sua viagem pelos céus. A maior certeza, por enquanto, é a de que o vulcão continuará a condicionar as viagens aéreas no espaço europeu, nos próximos tempos. Ontem mesmo, 98 voos foram cancelados em Portugal, a maioria nos Açores. Mas a Madeira e Lisboa também ficaram com aviões em terra. "Nenhum instituto que tem estudado o vulcão islandês de perto refere quando é que esta actividade pode terminar. É uma previsão que ninguém consegue fazer", admite Teresa Ferreira, do Centro de Vulcanologia da Universidade dos Açores. Para já, a única certeza é que "nos próximos tempos a Europa vai estar condicionada por esta coluna e pelas condições atmosféricas", acrescenta a vulcanóloga. Depois de cinco dias de condicionamento do espaço aéreo, Portugal deixa agora de estar sob a influência da nuvem de cinzas. Mas também aqui reina a incerteza e ninguém sabe se voltaremos a ser afectados. Depois de um aumento de actividade vulcânica na terça-feira, a nuvem desloca-se agora para norte e leste. "Ontem [terça-feira] houve períodos em que a coluna eruptiva estava mais elevada e chegava aos seis quilómetros. Mas o mais provável é que afecte novamente a Escandinávia e o Reino Unido", acrescenta a especialista dos Açores. As colunas de gases e de cinzas produzidas esta semana pelo Eyjafallajokull elevaram-se a seis mil metros de altitude. Num pico de actividade registado há uma semana, os cientistas calcularam que o vulcão tenha emitido entre 300 e 400 toneladas de cinzas por segundo. Para prever os efeitos destas cinzas concentradas em altitude, várias equipas de cientistas estão a utilizar satélites, aviões e estações no solo para medir a sua dimensão e analisar o seu comportamento. Modelar a sua dispersão em função dos ventos poderá ajudar a minorar os impactos nas viagens aéreas. Por cá a maior preocupação começa a ser o turismo, já que ninguém consegue prever o final da actividade do vulcão e o seu efeito nos espaços aéreos. O presidente da Entidade Regional do Turismo do Algarve (ERTA), Nuno Aires, confessou ontem que a incerteza nos transportes provocada pela nuvem vulcânica "é preocupante" para o turismo local. "Isto causa ansiedade nas pessoas e isso nota-se na marcação de férias", referiu o responsável . Também o presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT), João Passos, explica que "agora há um cuidado especial das agências em ter transportes alternativos". fonte DN |
quinta-feira, maio 13, 2010
Vulcão não pára nos próximos tempos
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