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terça-feira, agosto 31, 2010

no último dia da silly season...

a última declaração do "Único Importante":


"ENSINO OS MEUS NETOS A SEREM MALCRIADOS, MAS NÃO MUITO PESADAMENTE."
 28 de Agosto de 2010, o "Único Importante" da República da Ma(ma)deira,
Alberto João Jardim



Nota da Redacção - Com políticos destes que devemos esperar em matéria dos valores educacionais e culturais?

Uma executiva no Céu

4Foi tudo muito rápido. A executiva bem-sucedida sentiu uma pontada no peito, vacilou, cambaleou. Deu um gemido e apagou. Quando voltou a abrir os olhos, viu-se diante de um imenso portal.
Ainda meio zonza, atravessou-o e viu uma miríade de pessoas. Todas vestindo cândidos  camisolões  e  caminhando  despreocupadas. Sem entender bem o que estava a acontecer, a executiva bem-sucedida abordou um dos passantes:
− Enfermeiro, eu preciso voltar com urgência para o meu escritório, porque tenho um meeting importantíssimo. Aliás, acho que fui trazida para cá por engano, porque o meu  convénio médico é classe A, e isto aqui parece-me mais um pronto-socorro. Onde é que nós estamos?
− No céu.
− No céu?…
− Sim.
− Tipo  assim…  o  céu,  CÉU…! Aquele com querubins voando e coisas do gênero?
− Certamente. Aqui todos vivemos em estado de gozo permanente.
Apesar das óbvias evidências (nenhuma poluição, todo mundo sorrindo, ninguém usando  celular),  a  executiva  bem-sucedida  demorou  um pouco a admitir que tinha mesmo batido as botas.
Tentou  então  o plano B: convencer o interlocutor, por meio das infalíveis técnicas  avançadas  de negociação, de que aquela situação era inaceitável.
Porque, ponderou, dali a uma semana ela iria receber o bônus anual, além de estar fortemente cotada para assumir a posição de presidente do conselho de administração da empresa.
E foi aí que o interlocutor sugeriu:
− Talvez seja melhor conversar com Pedro, o encarregado.
− Sim? E como é que eu marco uma audiência? Ele tem secretária?
− Não, não. Basta estalar os dedos e ele aparece.
− Assim? (…)
− Pois diga?
A  executiva  bem-sucedida  quase desaba da nuvem. À sua frente, imponente, segurando uma chave que mais parecia um martelo, estava o próprio Pedro.
Mas,  a executiva tinha feito um curso intensivo de approach para situações inesperadas e reagiu rapidamente:
− Bom dia. Muito prazer. Belas sandálias. Eu sou uma executiva bem-sucedida e…
− Executiva… Que palavra estranha. De que século veio?
− Do 21. O distinto vai dizer-me que não conhece o termo executiva?
− Já ouvi falar. Mas não é do meu tempo.
Foi então que a executiva bem-sucedida teve um insight. A máxima autoridade ali  no  paraíso  aparentava ser um zero à esquerda em modernas técnicas de gestão  empresarial.  Logo,  com  seu  brilhante  currículo tecnocrático, a executiva  poderia  rapidamente  assumir uma posição hierárquica, por assim dizer, celestial ali na organização.
−  Sabe,  meu  caro Pedro. Se me permite, eu gostaria de lhe fazer uma proposta.  Basta  olhar para esse povo todo, só a conversar e a andar à toa, para perceber que aqui no Paraíso há enormes oportunidades para fazer um upgrade na produtividade sistêmica.
− É mesmo?
− Pode  acreditar, porque tenho PHD em reengenharia de processos. Por exemplo, não vejo ninguém usando crachá. Como é que sabem quem é quem aqui, e quem faz o quê?
− Ah, não sabemos.
−  Entendeu  o  meu  ponto de vista?  Sem  controle,  há dispersão. E dispersão gera desmotivação.  Com  o  tempo isto aqui vai acabar numa anarquia. Mas nós  dois  podemos  resolver  tudo isso implementando um simples programa de targets individuais e avaliação de performance.
− Que interessante….
−  É  claro  que,  antes  de tudo, precisaríamos de uma hierarquização e um organograma  funcional,  nada que dinâmicas de grupo e avaliações de perfis psicológicos não consigam resolver.
− !!!…???…!!!…???…!!!
−  Aí,  contrataríamos  uma  consultora  especializada  para  nos ajudar a definir  as  estratégias  operacionais  e  estabeleceríamos  algumas  metas factíveis  de leverage, maximizando, dessa forma, o retorno do investimento do grande accionista… Ele existe, certo?
− Sobre todas as coisas.
− Ótimo.  O  passo  seguinte seria partir para um downsizing progressivo, encontrar  sinergias  high-tech, redigir manuais de procedimento, definir o marketing  mix  e  investir  no desenvolvimento de produtos alternativos de alto  valor  agregado.  O  mercado  telestérico,  por  exemplo,  parece-me extremamente atrativo.
− Incrível!
−  É  óbvio  que,  para conseguir tudo isso, nós dois teremos que nomear um board  de  altíssimo nível. Com um pacote de remuneração atraente, é claro. Coisa  assim  de  salário  anual de  seis  dígitos  e  todos os fringe benefits e mordomias  de  praxe.  Porque,  agora  falando de colega para colega, tenho certeza  de  que vai concordar comigo, Pedro. O desafio que temos pela frente vai resultar num turnaround radical.
− Impressionante!
− Isso significa que podemos partir para a implementação?
− Não. Significa que terá um futuro brilhante, se for trabalhar com o  nosso  concorrente.  Porque a senhora acaba de descrever, exatamente, como funciona o Inferno.

autoria do texto é de Max Gehringer (Exame, ed. 772 de 7 de agosto de 2002)

segunda-feira, agosto 30, 2010

Raimundo preocupado com os "jardins estragados"

O Jardim Cardoso é o que mais preocupa o geógrafo e ambientalista

Raimundo Quintal diz-se preocupado com alguns jardins da Madeira, especialmente com o Jardim Cardoso, infestado por  "ervas-malcriadas , arbustos-bilhardeiros e árvores-das-bruxas". A referência irónica a um dos sobrenomes do presidente do Governo tem uma razão de ser: as críticas de Alberto João Jardim à entrevista que o Professor e Geógrafo deu ao DIÁRIO, na qual acusava o poder regional de já não ter criatividade e apontava vários erros cometidos no combate aos incêndios e na reconstrução do 20 de Fevereiro (ver destaque).
Em declarações ao JM, o presidente do Governo diz que "o senhor Raimundo Quintal é uma figura desacreditada porque pretende saber de tudo desde engenharia, ribeiras, hidráulica, plantinhas e protecção civil", acrescentando tratar-se "de uma pessoa instável, que andou na extrema-esquerda, depois veio para a esquerda e depois aceitou um lugar de vereador pelo PSD", ressalvando que este último lugar foi ocupado sem o seu voto na Comissão Política.
Porque as declarações de Jardim foram feitas ao JM, Raimundo Quintal endereçou, ontem, uma carta ao director daquele matutino gratuito, "na esperança de que o  que o Jornal da Madeira, pago com o dinheiro dos contribuintes", faça eco da sua preocupação sobre o estado de três Jardins da Madeira.
Diz-se preocupado com o Jardim do Campo da Barca, que ficou bastante destruído com a cheia da Ribeira de João Gomes, em 20 de Fevereiro, e que passados mais de seis meses ainda não começaram os trabalhos de recuperação.
Manifesta-se igualmente preocupado com o Jardim da Quinta Magnólia, que possui uma flora riquíssima mas que tem vindo a degradar-se, aguardando há muito pela requalificação várias vezes anunciada pela Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento e publicitada na revista oficial da Vice Presidência do Governo da Madeira.
No entanto, refere que a  situação que mais o preocupa é a do Jardim Cardoso por ser a mais grave. "As plantas endémicas foram destruídas pelo fogo e das exóticas apenas sobreviveram as espécies pirófilas e infestantes conhecidas popularmente por  ervas-malcriadas , arbustos-bilhardeiros e árvores-das-bruxas. Muito dificilmente um arquitecto paisagista conseguirá  tornar atractivo este jardim".
A carta foi endereçada ao director do JM e enviada a várias pessoas que subscrevem muitas das "newsletters" do blogue da Associação de Amigos do Parque Ecológico do Funchal.
Contactado pelo DIÁRIO, Raimundo Quintal não se mostrou chocado ou preocupado com as declarações do presidente do Governo. Diz que agora as suas preocupações são outras. Ou seja, está mais preocupado com os esqueletos das plantas queimadas, pelo que não pode perder tempo com o matagal.
De resto, diz que os insultos ficam com quem os profere, nomeadamente com aqueles que não são capazes de ter ideias para além desses insultos.
Contudo, esclarece que nunca disse que o comício do PSD teve continuidade depois da palmeira ter morto uma pessoa no Porto Santo. O que disse, e reafirma, é que a festa continuou e continua.
Não o comício, mas a festa que já tinha referido num 'mail' neste termos: "os acontecimentos trágicos dos últimos dias - fogos florestais e queda da palmeira no Porto Santo - e as muitas festas que por aí proliferam, são preocupantes sinais duma imitação popularucha da decadência do império romano".
A entrevista
Na entrevista que concedeu ao DIÁRIO e à TSF, e que agora mereceu reacção do presidente do Governo, Raimundo Quintal disse que com o  20 de Fevereiro e com os incêndios, o futuro da Madeira é cinzento a puxar para o negro.
O geógrafo e ambientalista  apontou erros no combate aos fogos e na reconstrução, ao mesmo tempo que denunciou uma inércia  de "um poder de tantos anos que já não tem criatividade e já não é capaz de apontar saídas".
Disse mesmo que este ano fecharam-se, com grande estrondo, duas portas: uma pela água e outra pelo fogo, sem que tivesse sido aberta qualquer janela de esperança.
Raimundo Quintal denunciou ainda uma terra que vive da bilhardice e onde nada se debate, salientando que "uma Região  onde se constrói com a técnica do funil e onde se aplica a lei da rolha é uma região sem futuro".
Defendeu, por isso, um novo paradigma, que não se aplica só a quem tem governado, mas também ao modo como a oposição tem vindo a funcionar. Referiu que todos dão mais importância ao ter do que ao ser, e que até mesmo a Universidade não tem  fomentado o debate tão necessário ao futuro da Madeira. fonte DN, Madeira

Dia de churrasco

Vai sendo cada vez mais difícil que os 14 manos do meu marido se consigam reunir pois, uns cá, outros lá, outros "acoli" , é preciso aproveitar as oportunidades que a vida nos vai dando, agora que vamos todos "p'eidosos"...E ontem cá se fez um churrasco! Porque a efeméride merece divulgação, algumas fotos...Eu estava no "olho" da objectiva...

como eu vejo a Ilha

Mais um nascer do sol, hoje, prenúncio de um dia de calor.
Ao fundo o Porto Santo distante
kit de emergência Alentejano
recebido por email

domingo, agosto 29, 2010

Poema para Galileu


  (...)Eu queria agradecer-te, Galileo,
a inteligência das coisas que me deste.
Eu,
 
e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar - que disparate Galileo!
- e jurava a pés juntos e apostava a cabeça
sem a menor hesitação -
que os corpos caem tanto mais depressa
quanto mais pesados são. 
Pois não é evidente, Galileo?  
Quem acredita que um penedo caia
com a mesma rapidez que um botão de camisa
ou que um seixo na praia?
Esta era a inteligência que Deus nos deu.
(...)Por isso estoicamente, mansamente,
resistente a todas as torturas,
a todas as angústias, a todos os contratempos
enquanto eles, do alto inacessível das suas alturas,
foram caindo,
caindo,
caindo,
caindo,
caindo sempre,
e sempre,
ininterruptamente,
na razão directa dos quadrados dos tempos.
   
 António Gedeão
(Rómulo de Carvalho)

sábado, agosto 28, 2010

Cientistas descobrem novas espécies no mar da Indonésia

NOAA apresenta um conjunto de imagens interessantes recolhidas pelo 'Little Hercules ROV' durante a missão INDEX 2010 realizada na região marítima de Sangihe, ao largo da Indonésia.
As imagens de diferentes espécies de fauna e flora marítima foram recolhidas com recurso a avançadas tecnologias.
Cientistas estimam que a missão poderá revelar cerca de 40 novas espécies até agora desconhecidas. fonte DN, Madeira

sexta-feira, agosto 27, 2010

para conhecer a "Madeira Velha"

Foi hoje, no salão nobre da Câmara Municipal de S. Vicente, o lançamento da 2ª edição revista e aumentada com outros textos e biografia, bem como testemunhos dos 14 filhos do autor, o livro "Aspectos económicos sociais do meio rural Madeirense", da autoria do meu sogro, Fernando Luís de Góis.
A apresentação foi feita pelo Dr. Barbeito, após breve introdução do Dr. João Romeira, Presidente da Câmara.
Foi com imensa alegria que os doze filhos presentes (dois tiveram impossibilidade) ouviram um outro falar acerca do seu Pai e viram o leque de Amigos que, reconhecendo o seu mérito e valor humano, ali compareceram.
Do livro darei posteriormente  alguns excertos e com eles partilharei a visão larga e ousada do meu sogro à época que se atravessava. O Dr. Barbeito enalteceu também o facto de ter sido Fernando Luís de Góis o impulsionador da criação da 3ª Casa do Povo na Madeira, a da Boaventura, o que na década de 60 já era obra. Deixo-vos a foto da capa do livro e a da mesa de honra.
Oxalá este livro, e já que a 1ª edição se encontrava esgotada, possa ser lido pelos governantes da Madeira Nova (que é uma aberração da natureza) e dele possam aprender a coragem, o cuidar de um Povo, a melhoria necessária à realização dos benefícios sócio económicos!

Maria Teresa S. T. Góis

foto do dia

 Misha, um gato algarvio. E mais não digo!

AS PEDRAS


As pedras falam? pois falam
mas não à nossa maneira,
que todas as coisas sabem
uma história que não calam.

Debaixo dos nossos pés

ou dentro da nossa mão
o que pensarão de nós?
O que de nós pensarão?

As pedras cantam nos lagos

choram no meio da rua
tremem de frio e de medo
quando a noite é fria e escura.

Riem nos muros ao sol,

no fundo do mar se esquecem.
Umas partem como aves
e nem mais tarde regressam.

Brilham quando a chuva cai.

Vestem-se de musgo verde
em casa velha ou em fonte
que saiba matar a sede.

Foi de duas pedras duras

que a faísca rebentou:
uma germinou em flor
e a outra nos céus voou.

As pedras falam? pois falam.

Só as entende quem quer,
que todas as coisas têm
um coisa para dizer.

Maria Alberta Menéres
  (25/08/1930-...)



quinta-feira, agosto 26, 2010

máquina do mundo


  O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto é matéria. 
Daí, que este arrepio, 
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
António Gedeão
"A poesia deve-nos surpreender pelo seu delicado excesso e não porque é diferente. Os versos devem tocar o nosso irmão como se fossem as suas próprias palavras, como se ele se estivesse a lembrar de algo que, na noite dos tempos, já conhecia no seu coração. A beleza de um poema não está na capacidade que ele tem de deixar o leitor contente. A poesia é sempre uma surpresa, capaz de nos tirar a respiração por alguns momentos. Ela deve permanecer nas nossas vidas como o pôr do sol: algo de milagroso e natural ao mesmo tempo."

-John Keats (1795 - 1821)

quarta-feira, agosto 25, 2010

Vulcão Galeras entra em erupção na Colômbia

O vulcão colombiano Galeras, na região sudoeste do país, entrou hoje em erupção, o que levou as autoridades a decretarem o alerta máximo, mas não há conhecimento de vítimas ou danos.
O governo fez de imediato um apelo às mais de 8 mil pessoas que estão na área para se deslocarem para zonas seguras.
A erupção teve lugar às 04:00 locais (10:00 em Lisboa), indicou o Instituto Colombiano de Geologia, acrescentando que continua a sair fumo e cinzas do vulcão.
As autoridades declararam o alerta máximo porque temem que possa ter lugar outro fenómeno eruptivo mais forte nas próximas horas.
Até agora foram retiradas das zonas de risco menos de 300 pessoas.
As autoridades colombianas já tinham emitido hoje um alerta vermelho – o nível mais elevado - anunciando que o Vulcão Galeras, na Colômbia, podia entrar em erupção em qualquer momento. O vulcão situa-se a dez quilómetros da cidade de Pasto, onde vivem cerca de 500 mil pessoas. É também o mais activo da Colômbia, próximo da fronteira com o Equador, a 500 quilómetros de Bogotá.
Em Janeiro deste ano, uma erupção do Galeras obrigou a que milhares de pessoas fossem retiradas das suas casas e postas em segurança noutras cidades. fonte Jornal i

Cidades Fantasmas

Cidades abandonadas, cada uma por seu motivo, contam um pouco da história, que um dia tiveram milhares de pessoas e que hoje estão praticamente vazias e em ruínas.


Gunkanjima, JapãoHashima Island, é uma entre as 505 ilhas desabitadas da cidade de Nagasaki, cerca de 15 quilômetros do centro de Nagasaki. A ilha foi povoada entre 1887-1974, ela funcionava como uma instalação de mineração de carvão. A Mitsubishi comprou a ilha em 1890 e iniciou o projeto, cujo objetivo era extrair o carvão do fundo do mar. Eles construíram grandes edifícios na ilha, e vários blocos de apartamentos em 1916 para acomodar os trabalhadores, muitos dos quais, foram recrutados de outras partes da Ásia. E para proteger a cidade contra a destruição de tufões, foi construído, um muro de concreto em volta de toda a ilha. Como o petróleo substituiu o carvão no Japão na década de 1960, as minas de carvão começaram a fechar por todo o país. A Mitsubishi anunciou oficialmente o fechamento da mina, em 1974, e hoje ela está vazia e nua, razão pela qual ela é chamada de a 'Ilha dos espíritos'.

San Zhi, Taiwan
San Zhi é um resort de férias abandonado na costa norte de Taiwan. Foi construído no início de 1980, mas a construção do resort futurista cessou após uma série de acidentes fatais. Apesar de nunca ter aberto como uma estância de férias, San Zhi ainda pode ser visitada. Com uma arquitetura moderna, os edifícios são pintados de diferentes cores, como: verde, rosa, azul e branco.

Pripyat, Ucrânia
Pripyat é uma cidade abandonada na zona da alienação no norte da Ucrânia. A cidade foi fundada em 1970 para abrigar os trabalhadores da usina nuclear de Chernobyl, e foi abandonado em 1986 após o desastre de Chernobyl. Sua população tinha sido de cerca de 50.000 pessoas antes do acidente. A cidade foi evacuada em dois dias. A cidade hoje é cercada por guardas e policiais, mas a obtenção dos documentos necessários para entrar na zona não é considerada particularmente difícil. Um guia acompanha os visitantes para assegurar que nada é vandalizado ou retirado da zona. As portas da maioria dos edifícios estão abertas para reduzir o risco para os visitantes, e quase todos eles podem ser visitados quando acompanhados por um guia. A cidade de Chernobyl, localizada a poucos quilômetros de Prypyat, tem algumas acomodações, incluindo um hotel, muitos prédios de apartamentos e uma loja local, que são mantidos como uma residência permanente para pessoas envolvidas com a segurança e os visitantes.

Kadykchan, Rússia

Kadykchan é uma cidade fantasma que foi construída durante a II Guerra Mundial para os trabalhadores das minas de carvão e suas famílias. Em 1996, 6 homens morreram como resultado da explosão de uma mina de carvão, com isto as minas foram fechadas. 12.000 habitantes foram evacuados para outros lugares, deixando a cidade vazia e silenciosa.


Centralia, Estados Unidos
Centralia é uma cidade fantasma localizada na Pensilvânia, Estados Unidos, também conhecida como a cidade que inspirou o filme Silent Hill. Sua população diminuiu em mais de 1.000 moradores em 1981, mais de 12 mil em 2005 e 9 mil em 2007. Isto, por causa que os locais que foram evacuados foram construídos sobre uma 'mina de fogo'. Em maio de 1962, Centralia Borough Council, contratou cinco membros da companhia de bombeiros voluntários para limpar o aterro sanitário da cidade, localizado em um poço abandonado. Foi aí que os bombeiros descobriram o fogo que não parava de queimar em baixo da terra. O fogo queima em minas de carvão abandonadas debaixo da cidade de Centralia. As tentativas de apagar o fogo não funcionaram, e ele continuou a queimar toda a década de 1960 e 1970. Efeitos adversos à saúde foram relatados por várias pessoas, devido aos derivados do incêndio, monóxido de carbono e dióxido de carbono e falta de oxigenação saudável. Em 1984, o Congresso americano destinou mais de 42 milhões de dólares para os esforços de relocação. A maioria dos moradores aceitou ofertas de aquisição e mudou-se para as comunidades vizinhas de Monte Carmelo e Ashland. Algumas famílias optaram por ficar apesar das advertências dos funcionários do Estado.


Oradour-sur-Glane, França

Oradour-sur-Glan é uma cidade no oeste central da França. A vila original foi destruída em 10 de junho de 1944, quando 642 dos seus habitantes foram assassinados pelo movimento alemão-nazista Waffen SS. A nova vila foi construída no pós-guerra em um local próximo do original e foi mantida como um memorial.


Kolmanskuppe, Namíbia

Kolmannskuppe é uma cidade fantasma no sul da Namíbia. Era uma pequena aldeia mineira e agora é um popular destino turístico. Ela se desenvolveu após a descoberta de diamantes na área em 1908, para servir de abrigo para os trabalhadores do ambiente hostil do deserto da Namíbia. A vila foi construída como uma cidade alemã, com facilidades como um hospital, salão de festas, estação de energia, escola, teatro, casino e fábrica de gelo. A cidade caiu após a I Guerra Mundial quando o preço do diamante caiu. Ela foi abandonada em 1956, mas já foi parcialmente restaurada.

Humberstone, Chile

Em 1872, a empresa Guillermo Wendell foi fundada na então 'cidade' de Santa Laura, no mesmo ano o Peru Nitrate Company foi fundado. Ambas as obras cresceram rapidamente, tornandoa cidade movimentada, caracterizada por edifícios no estilo Inglês. O modelo econômico entrou em colapso durante a Grande Depressão de 1929. Ambas as obras foram abandonadas em 1960 e em 1970, após tornar-se uma cidade-fantasma, o local foi declarado monumento nacional e abertos ao turismo. Em 2005, o local e as construções foram declaradas Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.


Agdam, Azerbaijan

Agdam foi totalmente destruída em 1993. Antes da guerra, a população da cidade foi de cerca de 30.000 residentes.


Varosha, Chipre

Varosha é uma área na cidade de Famagusta. Antes da invasão turca de Chipre em 1974, foi o moderno centro turístico da cidade de Famagusta. Na década de 1970, Famagusta foi o número um no destino turístico em Chipre. Para atender ao número crescente de turistas, muitos dos novos arranha-céus e hotéis foram construídos. Durante o seu apogeu no trimestre Varosha de Famagusta foi não só o número um destino turístico em Chipre, mas entre 1970 e 1974, foi um dos destinos turísticos mais populares do mundo, e foi um destino favorito das estrelas, de ricos e famosos, como Elizabeth Taylor, Richard Burton, Raquel Welch e Brigette Bardot. Durante os últimos 35 anos a área de Varosha foi deixada como uma cidade fantasma.


Balestrino, Itália

Não há muitas informações sobre Balestrino online. A primeira informação sobre a aldeia é datado de 1860, quando sua população era de cerca de 850 habitantes. No final do século 20 a vila sofreu vários terremotos depois que os moradores deixaram a aldeia.

Ararapira, Brasil


O antigo e pequeno vilarejo de Ararapira (cabeceira de arara), surgido nas margens do braço do mar, foi se acreditando em construir um povoado de prosperiedade. Hoje, Ararapira não passa de uma cidadezinha abandonada, em suas poucas e singelas casas não se vêem os habitantes; as crianças já não estão mais nas ruas com os pés descalço correndo atrás de borboletas; os pescadores que tiravam do mar o sustento de casa, pegaram seus apetrechos, suas famílias e foram tentar viver em outro lugar; o comércio faliu; a escola parou; o cemitério se calou; na Igrejinha não se houve mais as lamentações das senhoras, o badalo do sino e nem os sermões do fiel Padre que também abandonou o vilarejo. Tudo aconteceu, foi inevitável lutar contra 'aquilo' donde tiravam o sustento, de onde se avistava o horizonte...o mar se enfureçeu, não se sabe por que razão, mas Ararapira aos poucos foi sendo de certa forma engolida pelas águas, abandonada pelos seus habitantes e parada no tempo. Enquanto o resto das casinhas vão desaparecendo, um pequeno importante pedaço histórico do Brasil vai ficando guardado apenas na memória dos últimos sobreviventes.

Fordlandia, Brasil

No início do século 20, Fordlândia foi uma das cidades mais desenvolvidas do Norte do Brasil. Fundada em 1928, chegou a abrigar 3 mil pessoas. Tinha uma escola que ensinava inglês, um hospital com operações inéditas na região como cirurgias plásticas, um pequeno cinema com sessões de segunda a sexta, e uma infraestrutura de água, eletricidade, moradia e saneamento de causar inveja ao resto do país. Água encanada, luz elétrica, um bom salário, assistência médica, escola pro filho. Imagine isso no final da década de 1920, na Amazônia, onde não existia escola, hospital, médico. De uma hora pra outra isso cai em plena selva amazônica! Mas a história que se segue é a crônica de uma sucessão de fracassos que ganham relevo por terem sido conduzidos por um dos homens mais poderosos do mundo, Henry Ford. Ford foi, por um bom tempo, o empresário mais bem-sucedido do mundo. Dono da maior fábrica do planeta até então, foi responsável por uma série de mudanças que alterariam em definitivo a face do globo. Nascido em Dearborn, Michigan, em 1863, passou a juventude em um ambiente rural, mas fascinado pela idéia do automóvel.

fonte: net

terça-feira, agosto 24, 2010

como eu vejo a Ilha

Depois deste vídeo passar na TV inglesa a mulher foi identificada mas não foi presa

às vezes...


Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos.
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário.
Era no tempo em que os meus olhos
eram os tais peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade:
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.


Eugénio de Andrade (1923-2005)

segunda-feira, agosto 23, 2010

A Z A R  ?
O presidente do Governo Regional pediu, ontem à noite, no Porto Santo, que o povo rezasse para que o ano de 2010 acabe depressa, dado o "azar" que tem assolado a Madeira.
São vários os "azares" de índole publica este ano na Madeira, como o 20 de Fevereiro que ceifou vidas e bens e que passados seis meses só se lavou e arranjou o Funchal havendo ainda famílias desalojadas e estradas por reparar, o 13 de Agosto passado com o incêndio do maciço central montanhoso da Ilha, mas não só.
Ontem, em ambiente de comício-festa no Porto Santo, uma palmeira centenária que já apresentava sinais de instabilidade e apodrecimento, caiu. Matou a JUDITE, minha colega do BES que, como era habitual, ali passava férias. E feriu mais pessoas com gravidade. Do mal o menos, pois as vítimas podiam ser muitas mais!

O Povo deve rezar a Deus sim, para que rapidamente sejam julgados e punidos os incautos responsáveis: os das palmeiras, os da ocupação dos leitos das ribeiras e seu estrangulamento (erro que depois das enxurradas se voltou a cometer...), dos autarcas que se pavoneiam nas freguesias ignorando os barris de pólvora que são os matagais de roda de habitações, até de Capelas com séculos, as levadas tomadas pelas canas e feiteiras, os muros inclinados, as estradas esburacadas, as levadas obstruídas, etc, etc, etc.
Foi a Judite - tudo seria evitável não fora a ânsia de pão e circo que, se calhar, até cravara na pobre árvore as luzinhas da festa...
foto DN, Funchal

Máximas de Bernardo Soares

"Ter opiniões definidas e certas, instintos, paixões e carácter fixo e conhecido - tudo isto monta ao horror de tornar a nossa alma um facto, de a materializar e tornar exterior. (...) A nossa personalidade deve ser indevassável, mesmo por nós próprios: daí o nosso dever de sonharmos sempre, e incluirmo-nos nos nossos sonhos, para que não seja possível ter opiniões a nosso respeito. (...) E especialmente devemos evitar a invasão da nossa personalidade pelos outros. Todo o interesse alheio por nós é uma indelicadeza ímpar. O que desloca a vulgar saudação - como está - de ser uma indesculpável grosseria é o ser ela em geral absolutamente vã e insincera. (...) Amar é cansar-se de estar só: é uma covardia portanto, e uma traição a nós próprios (importa soberanamente que não amemos" - 
 
 
Livro do Desassossego, 312

domingo, agosto 22, 2010

fado lusitano

abertura da caça

 

Abriu hoje em Portugal à caça às rolas, pombos e patos bravos.
Nota da Redacção:
Para quando a abertura da caça aos corruptos, aos chicos espertos e artolas?

Original é o poeta


Original é o poeta
que se origina a si mesmo
que numa sílaba é seta
noutro pasmo ou cataclismo
o que se atira ao poema
como se fosse um abismo
e faz um filho às palavras
na cama do romantismo.
Original é o poeta
capaz de escrever um sismo.

Original é o poeta de origem clara e comum
que sendo de toda a parte
não é de lugar algum.
O que gera a própria arte
na força de ser só um 
 por todos a quem a sorte faz
devorar um jejum.
Original é o poeta
que de todos for só um. 

Original é o poeta expulso do paraíso
por saber compreender
o que é o choro e o riso;
aquele que desce à rua
bebe copos quebra nozes
e ferra em quem tem juízo
versos brancos e ferozes.
Original é o poeta
que é gato de sete vozes. 

Original é o poeta que chegar ao despudor
de escrever todos os dias
como se fizesse amor.
Esse que despe a poesia
como se fosse uma mulher
e nela emprenha a alegria
de ser um homem qualquer.

José Carlos Ary dos Santos

sábado, agosto 21, 2010

os erros dos Homens...

“Os erros dos homens não provêm apenas da ignorância, mas principalmente da paixão.  
A paixão é  que erra, é a paixão a que os engana, a paixão a que lhes perturba e troca as espécies para que vejam umas coisas por outras. Os olhos vêm pelo coração e assim como quem vê por vidros de diversas cores, todas as coisas lhe parecem daquela cor assim as vistas se tingem dos mesmos humores, de que estão bem ou mal, afectos os corações.” 

Estas são as  palavras do padre António Vieira no Sermão da Quinta Quarta-Feira da Quaresma de 1669. 

Pascal, um século depois, repetiria o mesmo pensamento com exemplar concisão: “O coração tem razões que a própria razão desconhece.”

sexta-feira, agosto 20, 2010

Josefa a bombeira

"Josefa, 21 anos, a viver com a mãe. Estudante de Engenharia Biomédica, trabalhadora de supermercado em part-time e bombeira voluntária. Acumulava trabalhos e não cargos - e essa pode ser uma primeira explicação para a não conhecermos. Afinal, um jovem daqueles que frequentamos nas revistas de consultório, arranja forma de chamar os holofotes. Se é futebolista, pinta o cabelo de cores impossíveis; se é cantora, mostra o futebolista com quem namora; e se quer ser mesmo importante, é mandatário de juventude.
Não entra é na cabeça de uma jovem dispersar-se em ninharias acumuladas: um curso no Porto, caixeirinha em Santa Maria da Feira e bombeira de Verão. Daí não a conhecermos, à Josefa. Chegava-lhe, talvez, que um colega mais experiente dissesse dela: "Ela era das poucas pessoas com que um gajo sabia que podia contar nas piores alturas."
Enfim, 15 minutos de fama só se ocorresse um azar... Aconteceu: anteontem, Josefa morreu em Monte Mêda, Gondomar, cercada das chamas dos outros que foi apagar de graça. A morte de uma jovem é sempre uma coisa tão enorme para os seus que, evidentemente, nem trato aqui. Interessa-me, na Josefa, relevar o que ela nos disse: que há miúdos de 21 anos que são estudantes e trabalhadores e bombeiros, sem nós sabermos.
Como é possível, nos dias comuns e não de tragédia, não ouvirmos falar das "Josefas que são o sal da nossa terra?"

 
Por FERREIRA FERNANDES, Diário de Notícias

Astérix "troca" poção mágica por Big Mac e Coca-Cola

Em França, não se fala de outra coisa: o "irredutível herói gaulês" Astérix rendeu-se à McDonald's. Em causa está uma campanha publicitária da marca de fast food

A McDonald's lançou uma campanha publicitária que está a gerar polémica em França. Em causa está a utilização das personagens de banda desenhada de Astérix, criadas por Uderzo e Goscinny. Nas redes sociais não se fala de outra coisa e jornais, como o "Le Fígaro", assumem o tom de descontentamento. 
"Astérix, o último dos nossos heróis nacionais, irredutível gaulês resistente ao opressor graças à poção mágica e ao humor, deixar-se-ia seduzir pelo Big Mac e pela Coca-cola, abandonando por vontade própria a cerveja e o javali?", pergunta o Olivier Delcroix, no artigo do "Le Fígaro". E com esta pergunta resume o que os franceses têm discutido no Twitter e no Facebook : não lhes agrada a ideia de verem um símbolo da rebeldia francesa associado a uma marca norte-americana.
Este sentimento francês de oposição à McDonald's - visto como símbolo do americanismo e da junk food - não é novo. Em 1999, um restaurante da cadeia americana foi destruído, no sul de França, por um grupo antiglobalização. Mas a parceria Astérix- McDonald's também já aconteceu antes. Em 2001, Astérix substitui Ronald McDonald - o palhaço símbolo da marca - por ocasião do lançamento do filme "Astérix & Obelix: Missão Cleópatra". Expresso
Nota da Redacção - Concordo plenamente com a revolta francesa, utilizar a imagem intocavel do Astérix é como dar bolonhesa de soja ao Obélix....Abaixo o MC.

Canto do nosso amor sem fronteira




Estamos juntos.
E moçambicanas mãos nossas
dão-se
e olhamos a paisagem e sorrimos.

Não sabemos de áreas de esterlino
de câmbios
vistos de fronteira
zonas de marco e dólar
portagem do Limpopo
canais de Suez e do Panamá.

Amamo-nos hoje numa praia das Honduras
estamos amanhã sob o céu azul da Birmânia
e na madrugada do dia dos teus anos
despertamos nos braços um do outro
baloiçando na rede da nossa casa na Nicarágua.

Ou
com os olhos incendiados
nos poentes do Mediterrâneo
recordamos as noites mornas da praia da Polana
e a beijos sorvo a tua boca no Senegal
e depois tingimos mutuamente
os lábios com as negras amoras de Jerusalém
ambos entristecidos ao galope dos pés humanos
sem ferraduras mas puxando riquexós
só de ver puxar nós também puxamos
nas transpiradas ruelas antigas
da ilha de Moçambique.

Oh, beijemo-nos, amor
teus cabelos sussurrantes
na esplêndida nudez morena do meu peito
que são nossos os céus sulcados de xiricos e aviões
e nossos irmãos os povos de outros paralelos
até mesmo os pobres «boers» solitários
na cruzada de amor em que me abraças numa rua
principal da cidade de Pretória descontraidamente
como se fosse no bairro de Xipamanine.

Mas bem fundo das almas
e dos corpos tatuados de esperança
o clítoris das montanhas nos sexos das nuvens
pátria do nosso desespero mais desesperado
pátria dos pés descalços na brancura do algodão
pátria de beijos e promessas de mais beijos
é o nosso genuíno grito mais gritado
a levantar no cosmos a beleza do nome
não renegável de Moçambique.


José Craveirinha

quinta-feira, agosto 19, 2010

a rã cozida

Imagine uma panela cheia de água fria, na qual nada tranquilamente uma pequena rã. Um pequeno fogo debaixo da panela e a água aquece muito lentamente. Pouco a pouco a água fica morna e a rã, achando isso bastante agradável, continua a nadar. A temperatura da água continua a subir...
Agora a água está mais quente do que a rã gostaria. Sente-se um pouco cansada, mas, não obstante, isso não a amedronta. Agora a água está realmente quente e a rã começa a achar desagradável, mas está muito debilitada. Então aguenta e não faz nada...
A temperatura continua a subir, até que a rã acaba, simplesmente, morta e cozida. Se a mesma rã tivesse sido lançada directamente na água a 50 graus, com um golpe de pernas teria pulado imediatamente da panela. Isto mostra que, quando uma mudança acontece de um modo suficientemente lento, escapa à consciência e não desperta, na maior parte dos casos, nenhuma reacção, nem um pouco de oposição ou alguma revolta.

Se ainda não estás como a rã, já meio cozida, dá um golpe de pernas, antes que seja tarde demais. 

Olivier Clerc