Esta perfeita Mulher, imagem da República livre e democrata, já não existe.
A pujança de formas, o arrojo da atitude, há cem anos, era um grito na anarquia que o País então vivia, subjugado pelo conluio Igreja versus Monarquia.
Hoje, se fosse esta a imagem que representasse o País, os seios outrora túrgidos, nem à força de silicone manteriam a firmeza, tal o "mamanço" (e perdoem-me a força vernácula da palavra) que prolifera neste País.
Dos partidos e dos políticos, dizia Eça de Queiroz:
"Formam-se, desagregam-se, dissolvem-se, passam, esquecem, sem que deles fique uma edificação aceitável, uma criação fecunda. Estabelecem patronatos, constróem filiações, arregimentam homens e braços trabalhadores, preparam terreno e solo robusto, onde eles possam sem embaraço tomar as livres atitudes do aparato e da vaidade reluzente. Nada mais fazem. Nascem infecundamente, morrem esterilmente."- in "O Distrito de Évora", 14 de Fevereiro de 1867 (nº11)
Se necessário fosse uma imagem para a República de hoje a que abaixo publico seria, talvez, a mais adequada, ainda que nela não figurem as grandes Empresas sorvedoras de uma boa parte do erário público.
Maria Teresa S. T. Góis
Eu não sei como mas algo tem de mudar. A riqueza no mundo - não só em Portugal - tem de ser distribuída mais equitativamente.
ResponderEliminarMelhor imagem é impossível para ilustrar tão eficazmente o «estado» das coisas. Com o «mamanço» deram cabo da República. É preciso restaurar os verdadeiros ideais da República e assentar todos os bens que ela possiblita gerar na ordem do Bem-Comum, princípio essencial da Doutrina Social da Igreja Católica. Viva a República para todos e não apenas para os grupecos agarrados à têta do Estado.
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