segunda-feira, janeiro 28, 2013
sexta-feira, janeiro 25, 2013
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Não: plantai batatas, ó geração de vapor e de pó de pedra, macadamizai estradas, fazei caminhos de ferro, construí passarolas de Ícaro, para andar a qual mais depressa, estas horas contadas de uma vida toda material, maçuda e grossa como tendes feito esta que Deus nos deu tão diferente do que a que hoje vivemos. Andai, ganha-pães, andai; reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai. No fim de tudo isto, o que lucrou a espécie humana? Que há mais umas poucas dúzias de homens ricos. E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar a miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico? - Que lho digam no Parlamento inglês, onde, depois de tantas comissões de inquérito, já devia andar orçado o número de almas que é preciso vender ao diabo, número de corpos que se tem de entregar antes do tempo ao cemitério para fazer um tecelão rico e fidalgo como Sir Roberto Peel, um mineiro, um banqueiro, um granjeeiro, seja o que for: cada homem rico, abastado, custa centos de infelizes, de miseráveis.
Almeida Garrett, in «Viagens na minha Terra» (1846)
Almeida Garrett, in «Viagens na minha Terra» (1846)
quinta-feira, janeiro 24, 2013
segunda-feira, janeiro 21, 2013
quarta-feira, janeiro 09, 2013
Revelada composição de pílula com 2000 anos
Cientistas italianos reconstituíram, por assim dizer, a bula de um medicamento datado do século II antes da nossa era.
domingo, janeiro 06, 2013
2013
Diário de Notícias
2013
Agora "tesos", quero ver como comprarão o direito de escolha mais sagrado da Nação: o voto!
Maria Teresa Góis
"A Esperança tem duas filhas lindas: a indignação e a coragem. A indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão e coragem a mudá-las."
Santo Agostinho
Santo Agostinho
Ano novo de céus envelhecidos!
Depois de tanto empobrecimento, fome e miséria o povo Português merece uma hora de Esperança. O silêncio cansado, algo paciente mas já inquietante, será de certeza a bolha que rebentará, pois poucos acreditarão que este ano seja uma retoma (será de certeza um "ora toma"), um reequilibrio, um reemprego ou mesmo um crescente de reeconomia. Precisamos, cá e lá, de um ree-governo para que o espasmo da angústia social, da emigração forçada, das mais de cinquenta falências por dia e este empobrecimento, parem de indignar a paisagem humana deste Povo.
Parece já não haver sémen criador neste país quando um trágico mediano "Pedro", um qualquer "Gaspar" ou um imbecilizado "Relvas" falam, absurdos e sem alarmes, mostrando-nos um pseudo luminoso caminho que os milhões de habitantes sem ensaios de cegueira, não vêem.
Porque se dirá que dá Deus o frio conforme a roupa se a vida não tem sombra de interesse, porque vivida em termos de mentira e de inquietação? Não é este o lugar-comum da política e da sociedade em que o abismo pobre-rico galga estatísticas e nos remete para um 4º mundo?
Se não devo cair no ódio também não posso optar pela renúncia; renúncia à Esperança, à indignação e à coragem. Sendo ténue a linha que separa a esperança do desespero teremos, os inconformados, os indignados, os pedagogos, os sapientes, os Pais e Avós deste País, teremos de mostrar que se o ano é novo na era que o deverá ser também nas condições de vida, na reconquista dos direitos que incompetentes políticos, sem qualquer CV que contrarie este adjectivo, todos os dias rasgam.
Não ao palco das paródias partidárias e das promessas.
Agora "tesos", quero ver como comprarão o direito de escolha mais sagrado da Nação: o voto!
Neste ano contarei apenas com a boa vontade dos amigos e conhecidos. Partilharei directamente do que tenho a quem precisa, sem interpostas intervenções, às vezes desviantes, e não deixarei de calar os meus sentimentos de indignação ou de coragem para que a esperança não me morra entre mãos.
Parece já não haver sémen criador neste país quando um trágico mediano "Pedro", um qualquer "Gaspar" ou um imbecilizado "Relvas" falam, absurdos e sem alarmes, mostrando-nos um pseudo luminoso caminho que os milhões de habitantes sem ensaios de cegueira, não vêem.
Porque se dirá que dá Deus o frio conforme a roupa se a vida não tem sombra de interesse, porque vivida em termos de mentira e de inquietação? Não é este o lugar-comum da política e da sociedade em que o abismo pobre-rico galga estatísticas e nos remete para um 4º mundo?
Se não devo cair no ódio também não posso optar pela renúncia; renúncia à Esperança, à indignação e à coragem. Sendo ténue a linha que separa a esperança do desespero teremos, os inconformados, os indignados, os pedagogos, os sapientes, os Pais e Avós deste País, teremos de mostrar que se o ano é novo na era que o deverá ser também nas condições de vida, na reconquista dos direitos que incompetentes políticos, sem qualquer CV que contrarie este adjectivo, todos os dias rasgam.
Não ao palco das paródias partidárias e das promessas.
Agora "tesos", quero ver como comprarão o direito de escolha mais sagrado da Nação: o voto!
Neste ano contarei apenas com a boa vontade dos amigos e conhecidos. Partilharei directamente do que tenho a quem precisa, sem interpostas intervenções, às vezes desviantes, e não deixarei de calar os meus sentimentos de indignação ou de coragem para que a esperança não me morra entre mãos.
Nota - No dia em que envio este artigo para o DN, leio que a D.G.S. aconselha os portugueses a fazer da água a principal bebida, a comer principalmente sopa, incluindo ainda leite e lacticínios nas pequenas refeições, sem esquecer a fruta. Saberá a DGS quantos milhões de portugueses já não têm esta possibilidade? E lembro à DGS e ao Governo o concurso para o restaurante da Assembleia da República que serve refeições entre 6 e 9€ e que incluía "perdiz, lebre, pombo torcaz, lombo de novilho e de vitela, camarão (24/kg)" e mais "que os bifes teriam a variante de peso entre 210 e 190gr" (DR nº77 série II/anúncio de procedimento nº1585/2012).
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