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domingo, julho 27, 2014

Ponto, parágrafo

1-    Famigerada a prova de avaliação aos professores e a intenção subjectiva que a precede de, sacudindo a culpa própria, conservar no desemprego pessoas aptas e necessárias ao país. Defendo provas de avaliação para o desempenho político. E não querendo ser “incrata” acho também que “o que nasce torto tarde se indireita” como figurava no ponto 25 do enunciado. Só que sou mais pelo verbo de origem: endireitar.
2- O genocídio em Gaza perante um mundo que cruza os braços e umas quantas boas “intenções” sem que nada de concreto se realize. Desde 2007 que um apertado bloqueio oprime a Palestina, sem fronteiras de fuga, ladeada por muros de cimento no seu próprio território.
Aí vive um Povo, um povo a eliminar no dizer e fazer dos opressores, sem recursos hídricos ou energéticos, que vê os hospitais, escolas e mesquitas serem bombardeados, mesmo se acolhidos sob a protecção da ONU.
Tal como no Iraque, os EUA disponibilizam 47 milhões de US$ para a reconstrução, que nunca aconteceu, e em sede das Nações Unidas têm o único voto divergente.
A diferença no número de baixas dá-nos bem o fiel da balança e o motivo de tanto silêncio mundial.
3- A nova CPLP. Em cerimónias insólitas assistimos à eleição da Guiné Equatorial para este organismo. Avento já que se seguirá o assalto aos PALOP.
Um país de pena de morte ou, numa versão “light”, de execuções extrajudiciais, em que não se fala português, sem votação sequer, é eleito.
Falaram mais alto os interesses geoeconómicos, perante a “surpresa” do primeiro-ministro e do presidente da república de Portugal.
Posteriormente, surge a declaração que “Portugal não podia estar só”. Mas já esteve! Para levar Timor à libertação da Indonésia. E custou-me ver um Xanana que não conheço, que já esqueceu o chinelo de plástico que tantas vezes calçou, que tanto lutou pelo seu povo e tão oprimido foi, levar um ditador pela mão.
4- No passado dia 23 os EUA voltaram a executar com uma injecção letal um prisioneiro. Em vez de morrer em 10 minutos dizem que levou 2 horas. Talvez sejam mais “eficientes” na terra de Obiang.
5- Condeno o abatimento do avião civil na Ucrânia. Como todos, aguardo a leitura das caixas negras, espero que se faça justiça internacional e que seja este um ponto de partida para a finalização do conflito, deixando de fora os interesses de quem nem pertence à Europa.
São estas interferências economicistas que fomentam a guerra.
6- Os portugueses são dos cidadãos europeus mais insatisfeitos e pessimistas sendo que 96% considera “má” a situação económica do país e que o pior ainda está para vir. 38% receia cair numa situação de pobreza e 85% manifesta pouca confiança no governo. O estudo é do Eurobarómetro e foi publicado a 25 deste mês.
7- A anedota da imparcialidade do Jornal da Madeira seja em tempo de eleições, de festarolas na herdade, ou na época do Natal.
Ponto final parágrafo.

Maria Teresa Góis

 http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/461393-ponto-paragrafo