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domingo, agosto 24, 2014

A gosto ou talvez não...

Se o desonesto conhecesse as vantagens de ser honesto, seria honesto ao menos por desonestidade.”
Sócrates, filósofo grego, séc. V,  a.C.


Um mês atípico em que as altas temperaturas e um céu azul puxado de lustro se alternou com cinzentas nortadas feitas de poeiras e arrepios.
Compensado por situações estranhas acabou por abanar um país adormecido, indiferente que em certos dias terá feito zapping na hora das novelas para ver telejornais. Externamente, as guerras de Gaza e Ucrânia dividem opiniões e escondem verdades que, recuando séculos na História, merecem uma análise aos factos e aos interesses vários das potências instaladas e obreiras de conflitos.
Internamente o caso GES é o mais preocupante. Depois da incredulidade e surpresa vivo certa revolta de como se pode brincar com milhares de postos de trabalho, com a média e pequena economia já tão débil, com as poupanças das pessoas e com o risco sistémico que a situação representa para a banca em geral e contribuintes. Que houve laxismo, compadrio, fugas de informação parece evidente pelas notícias que nos chegam, diariamente.
Entretanto temos em estudo e no horizonte próximo (para além da alienação total dos CTT) mais vendas de património global a estrangeiros, “a bem da nação” e perdemos o vínculo da portugalidade a uma velocidade espantosa! Destrói-se em poucos anos trabalhos de décadas!
Em Agosto todo o Portugal pula, bebe, “curte”, às dezenas de milhares, em festivais de Verão: gostaria de os poder ver “curtir” numa manifestação a bem da estabilidade dos próprios, dos progenitores e dos restantes habitantes do país.
Já que falei em música li que a Christina Aguilera decidiu chamar à filha recém-nascida Summer Rain (chuva de Verão).Não tarda teremos nascituros com nomes de Nuvem Cinzenta, Pingo de Chuva ou Raio de Sol, a lembrar a boa maneira apache.
Por cá, ou não fosse Agosto de areal a preço da uva mijona, vi um político regional criticar a mediocridade da classe política portuguesa (leia-se “continental”), sobretudo após o 25 de Abril, a tal data por sinal nunca celebrada pelas instaladas autoridades madeirenses, chamando-os de “chulos” e com “educação abandalhada”.
É obra, para a posterior história da Madeira, sobretudo quando em Agosto vem a público um buracão de 100 milhões à Segurança Social regional. Se isto não é mediocridade e chulice decerto será uma situação abandalhada.
Aconteceram as decisões constitucionais e já o governo central se afadiga em reinventar mais leis substitutas mas com o mesmo fim: lixar-nos.
Podemos assim dizer que não foi um Agosto silly mas há-de ser de certeza um ano em crescendo de PIB, de deficits, de impostos a curto prazo, de controvérsias e omissões.
De uma coisa tenho a certeza - da maneira como a saúde trata dos utentes se algum caso de Ébola for no luso território sinalizado, não haverá problema: tratam-lhe logo da saúde!

* por decisão da autora este texto não respeita o novo acordo ortográfico

 http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/465713-a-gosto-ou-talvez-nao%E2%80%A6