“Enquanto o homem é capaz de se reconhecer nos próprios erros, o mal não é grave. A tragédia começa quando ele, relapso nos vícios e perversões, em consciência se considera um monumento de dignidade e permanência.”
Miguel Torga, in Diário V
(07/08/1949)
Na verdade há três semanas que este país vive em reuniões. Depois das
demissões, irrevogáveis ou não, o povo aproveita para comentar esta
ausência de governo em qualquer canto; é no café, nas filas de autocarro
ou supermercado, nas redes sociais, nos periódicos e até as conversas
familiares acabam por descambar no momento político actual.
Sucedem-se as reuniões e o povo espera que a capitalização de erros nos renda os juros das certezas!
Eu creio que o verdadeiro orgulho nacional, e até pelas lições que a nossa História nos tem dado, é o que vaia e luta, o que não se deixa ficar no amorfismo catastrófico a ver passar uma catadupa de atitudes políticas que versam o limite do aceitável, roubando-nos a paz quotidiana, cerceando a liberdade, desiludindo a vida.
O povo vive uma vida avinagrada e os políticos usam a democracia em part time.
Basta olhar a mensagem cínica e hipócrita que passa nos parlamentos, num messianismo de tempos novos e de luzeiros em túneis que não passam de semáforos impedindo a progressão, no discurso repetitivo do “prestígio externo” da “esperança no futuro”, da “credibilidade” ou “no bom aluno”…
Chega! A vaga do ânimo morre ingloriamente na areia e não somos tão estúpidos quanto nos querem fazer.
À beira de eleições apareceram verbas milagrosas, dantes escusas e escassas, que hoje asfaltam o engano das promessas e cimentam os buracos das omissões. Terá de ser sempre assim? Não!
É tempo de manter o alerta numa atitude livre e informada que contrarie a votação inconsciente ou constrangida; é tempo de considerar o valor da dignidade e da responsabilidade e deixar que os protestos da razão se soltem, exigindo um governo vestido de lavado. Afinal, é tempo de exercer a cidadania!
Sucedem-se as reuniões e o povo espera que a capitalização de erros nos renda os juros das certezas!
Eu creio que o verdadeiro orgulho nacional, e até pelas lições que a nossa História nos tem dado, é o que vaia e luta, o que não se deixa ficar no amorfismo catastrófico a ver passar uma catadupa de atitudes políticas que versam o limite do aceitável, roubando-nos a paz quotidiana, cerceando a liberdade, desiludindo a vida.
O povo vive uma vida avinagrada e os políticos usam a democracia em part time.
Basta olhar a mensagem cínica e hipócrita que passa nos parlamentos, num messianismo de tempos novos e de luzeiros em túneis que não passam de semáforos impedindo a progressão, no discurso repetitivo do “prestígio externo” da “esperança no futuro”, da “credibilidade” ou “no bom aluno”…
Chega! A vaga do ânimo morre ingloriamente na areia e não somos tão estúpidos quanto nos querem fazer.
À beira de eleições apareceram verbas milagrosas, dantes escusas e escassas, que hoje asfaltam o engano das promessas e cimentam os buracos das omissões. Terá de ser sempre assim? Não!
É tempo de manter o alerta numa atitude livre e informada que contrarie a votação inconsciente ou constrangida; é tempo de considerar o valor da dignidade e da responsabilidade e deixar que os protestos da razão se soltem, exigindo um governo vestido de lavado. Afinal, é tempo de exercer a cidadania!
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/397378-um-pais-em-reuniao%E2%80%A6
Maria Teresa Góis
DN-Madeira, 21/07/2013