quinta-feira, julho 31, 2014
domingo, julho 27, 2014
Ponto, parágrafo
1- Famigerada a prova de avaliação aos professores
e a intenção subjectiva que a precede de, sacudindo a culpa própria,
conservar no desemprego pessoas aptas e necessárias ao país. Defendo
provas de avaliação para o desempenho político. E não querendo ser
“incrata” acho também que “o que nasce torto tarde se indireita” como
figurava no ponto 25 do enunciado. Só que sou mais pelo verbo de origem:
endireitar.
2- O genocídio em Gaza perante um mundo que cruza os braços e umas
quantas boas “intenções” sem que nada de concreto se realize. Desde 2007
que um apertado bloqueio oprime a Palestina, sem fronteiras de fuga,
ladeada por muros de cimento no seu próprio território.
Aí vive um Povo, um povo a eliminar no dizer e fazer dos opressores, sem
recursos hídricos ou energéticos, que vê os hospitais, escolas e
mesquitas serem bombardeados, mesmo se acolhidos sob a protecção da ONU.
Tal como no Iraque, os EUA disponibilizam 47 milhões de US$ para a
reconstrução, que nunca aconteceu, e em sede das Nações Unidas têm o
único voto divergente.
A diferença no número de baixas dá-nos bem o fiel da balança e o motivo de tanto silêncio mundial.
3- A nova CPLP. Em cerimónias insólitas assistimos à eleição da Guiné
Equatorial para este organismo. Avento já que se seguirá o assalto aos
PALOP.
Um país de pena de morte ou, numa versão “light”, de execuções
extrajudiciais, em que não se fala português, sem votação sequer, é
eleito.
Falaram mais alto os interesses geoeconómicos, perante a “surpresa”
do primeiro-ministro e do presidente da república de Portugal.
Posteriormente, surge a declaração que “Portugal não podia estar só”.
Mas já esteve! Para levar Timor à libertação da Indonésia. E custou-me
ver um Xanana que não conheço, que já esqueceu o chinelo de plástico que
tantas vezes calçou, que tanto lutou pelo seu povo e tão oprimido foi,
levar um ditador pela mão.
4- No passado dia 23 os EUA voltaram a executar com uma injecção letal
um prisioneiro. Em vez de morrer em 10 minutos dizem que levou 2 horas.
Talvez sejam mais “eficientes” na terra de Obiang.
5- Condeno o abatimento do avião civil na Ucrânia. Como todos, aguardo a
leitura das caixas negras, espero que se faça justiça internacional e
que seja este um ponto de partida para a finalização do conflito,
deixando de fora os interesses de quem nem pertence à Europa.
São estas interferências economicistas que fomentam a guerra.
6- Os portugueses são dos cidadãos europeus mais insatisfeitos e
pessimistas sendo que 96% considera “má” a situação económica do país e
que o pior ainda está para vir. 38% receia cair numa situação de pobreza
e 85% manifesta pouca confiança no governo. O estudo é do Eurobarómetro
e foi publicado a 25 deste mês.
7- A anedota da imparcialidade do Jornal da Madeira seja em tempo de eleições, de festarolas na herdade, ou na época do Natal.
Ponto final parágrafo.
Maria Teresa Góis
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/461393-ponto-paragrafo
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