"Arrepiam-se as carnes e o cabelo, a mim e a todos, só de ouvi- lo e vê-lo" "Os Lusíadas", Canto V, de Luís de Camões
Com a profusão de acontecimentos e informações que nos têm assolado, sobretudo nestes últimos quinze dias, torna-se difícil isolar uma opinião e não ser levada pela sensação generalizada do mais comum dos cidadãos - a actualidade política, essa mesma que toca e deixa marca na nossa vida.
O país pede pão e democracia.
O país pede pão e democracia.
Um grito que o governo não ouve e que parece ser interdito às bandas de Belém. Será que não usam a condição de mortais e que a atmosfera política não lhes fede?
Somos quase diariamente insultados. De "piegas" a "coitadinhos", de "completamente ignorantes", de ouvir um primeiro-ministro dizer que mais vale "viver mal e morrer bem", de nos mandarem sair da "zona de conforto" e "emigrar", de dizer que "o desemprego pode ser uma oportunidade", de sermos apelidados de "mexilhão" e só nos faltava mesmo vir um lacaio da Goldman Sachs, de nome Moedas, dizer que somos um país de "esmifrados". Usam mesmo La Fontaine para o insulto!
Tiram-nos a pele, o coiro e o cabelo, a esperança e o futuro e, bem devagarinho, apelidam-nos de "melhor povo do mundo".
Somos quase diariamente insultados. De "piegas" a "coitadinhos", de "completamente ignorantes", de ouvir um primeiro-ministro dizer que mais vale "viver mal e morrer bem", de nos mandarem sair da "zona de conforto" e "emigrar", de dizer que "o desemprego pode ser uma oportunidade", de sermos apelidados de "mexilhão" e só nos faltava mesmo vir um lacaio da Goldman Sachs, de nome Moedas, dizer que somos um país de "esmifrados". Usam mesmo La Fontaine para o insulto!
Tiram-nos a pele, o coiro e o cabelo, a esperança e o futuro e, bem devagarinho, apelidam-nos de "melhor povo do mundo".
Sempre ouvi dizer que os Homens se avaliam pelas pequenas atitudes e pelas frases espontâneas. Assim sendo, é bem abaixo de lixo que faço a minha avaliação dos desvarios e incompetências políticas com que todos os dias sou brindada. É que nem a crítica austera dos pares mais velhos e experientes, direi mesmo dos competentes pares deste governo, os convencem!
Somos Lusos, somos Portugueses, uma nação que se fez, que pelejou, em que as Aljubarrotas, Alcáceres Quibir ou 25 de Abril da nossa História não estão esquecidas. Se hoje naufragamos é porque a barcaça social naufragou, por incúria dos homens desencartados que ousaram pegar no leme.
Quererá o capital enfrentar o pão dos escravos de outrora?
Na sequência do que nos foi levemente comunicado na 5ª feira passada, fiquei a saber que não podemos afirmar que o governo rouba o contribuinte. Digamos então que gama, furta, suga e empobrece.
Somos Lusos, somos Portugueses, uma nação que se fez, que pelejou, em que as Aljubarrotas, Alcáceres Quibir ou 25 de Abril da nossa História não estão esquecidas. Se hoje naufragamos é porque a barcaça social naufragou, por incúria dos homens desencartados que ousaram pegar no leme.
Quererá o capital enfrentar o pão dos escravos de outrora?
Na sequência do que nos foi levemente comunicado na 5ª feira passada, fiquei a saber que não podemos afirmar que o governo rouba o contribuinte. Digamos então que gama, furta, suga e empobrece.
Só que os tempos mudaram, mudou a mentalidade do" melhor povo do mundo" que, espezinhado, usará a força do provérbio popular: "ou vai ou racha!".
As manifestações de rua subscritas por gente tão diferente como um médico, um professor, um pedreiro, um desempregado ou um estudante, com cartazes e flores, têm sido o aviso pacífico e adulto dos que defendem a nacionalidade. Mas chegámos ao limite do suportável, é preciso agir.
Os verdadeiros "esmifrados" estão no palco do poder. Incompetentes, indecisos, desavindos não passam de aprendizes medrosos, vaiados, que fogem por portas traseiras rodeados de seguranças temendo o povo "paciente e compreensivo".
As manifestações de rua subscritas por gente tão diferente como um médico, um professor, um pedreiro, um desempregado ou um estudante, com cartazes e flores, têm sido o aviso pacífico e adulto dos que defendem a nacionalidade. Mas chegámos ao limite do suportável, é preciso agir.
Os verdadeiros "esmifrados" estão no palco do poder. Incompetentes, indecisos, desavindos não passam de aprendizes medrosos, vaiados, que fogem por portas traseiras rodeados de seguranças temendo o povo "paciente e compreensivo".
Oh querida amiga.
ResponderEliminarComo sinto Camões e desejava que um outro Marquês de Pombal, voltasse à terra e acabasse de vez com a D. Maria a Louca? Matasse novamente os Távoras até à quinta geração e que nos libertássemos destes agrilhoes que nos sufocam e nos chupam até ao tutano. Repare que estamos novamente de volta aos Filipes e também nos faz falta o Prior do Crato. Não aquele prior que se diz patriarca de Lisboa.Temos de atirar novamente o Conde de Andeiro pela janela fora e reconquistar a independência, apertando contra uma parede A duquesa de Mântua.