"Há sempre um zarolho ou um esperto que nos governa."
José Saramago
José Saramago
Sim, quero "Abril" de volta. Não aquele que nos traz a pujança da
Primavera, de nascentes áureos e poentes ensanguentados, mas o ABRIL da
Alegria, do abraço ao desconhecido, da Esperança, da Liberdade, dos
direitos e deveres de Cidadão.
Quero Abril de volta para que as nossas crianças não deixem de viver a infância, os jovens não enterrem os sonhos e os mais velhos não se amortalhem demasiado cedo.
As troupes de espertos e zarolhos multiplicam-se com a facilidade de coelhos; tresanda a incompetência destes políticos de algibeira que, mesmo travando pelejas internas, acabam num coro uníssono para tramar o povo.
Pensam-se detentores da verdade, ditam oráculos, com falência crescente nas profecias. Assim, avolumam a tragédia do homem comum e pacato, desesperado de salvação, faminto de justiça e de comida, perseguido, emigrante involuntário.
Começa a ser perigoso nascer em Portugal! Não só pela incapacidade de apoio à saúde e à educação, à assistência social, pelas condições de pobreza a que 1/3 da população está votada, mas também pelo retrocesso de décadas. Ouvimos todos os dias os ditames de um governo que nos odeia só por existirmos, por comermos, por termos filhos e netos, por sermos sadios ou doentes, um governo que ameaça, que absurdamente cerceia qualquer poeira de esperança.
Pérfidos, inventaram uma dialéctica de palavras importadas, re-adaptadas, para assim justificarem o cadeirão onde assentam o fundo das costas.
Quero Abril de volta, íntegro nos direitos então conquistados! Contra a pobreza e o alheamento participativo, pelo direito maior ao voto consciente e filho de uma lucidez democrática, não prometido e manipulado.
Quero Abril de volta, quero que as vozes do ressentimento se transformem na voz que exige a dignidade, a igualdade de tratamento e de oportunidade, para que não se corra o perigo eminente de substituir a beleza e o perfume dos cravos, símbolo dos valores de Abril, pelo direito insatisfeito de revolta que, a acontecer, não será pacífica.
E, se não chegar a volta de Abril, tentemos o 1º de Maio!
Quero Abril de volta para que as nossas crianças não deixem de viver a infância, os jovens não enterrem os sonhos e os mais velhos não se amortalhem demasiado cedo.
As troupes de espertos e zarolhos multiplicam-se com a facilidade de coelhos; tresanda a incompetência destes políticos de algibeira que, mesmo travando pelejas internas, acabam num coro uníssono para tramar o povo.
Pensam-se detentores da verdade, ditam oráculos, com falência crescente nas profecias. Assim, avolumam a tragédia do homem comum e pacato, desesperado de salvação, faminto de justiça e de comida, perseguido, emigrante involuntário.
Começa a ser perigoso nascer em Portugal! Não só pela incapacidade de apoio à saúde e à educação, à assistência social, pelas condições de pobreza a que 1/3 da população está votada, mas também pelo retrocesso de décadas. Ouvimos todos os dias os ditames de um governo que nos odeia só por existirmos, por comermos, por termos filhos e netos, por sermos sadios ou doentes, um governo que ameaça, que absurdamente cerceia qualquer poeira de esperança.
Pérfidos, inventaram uma dialéctica de palavras importadas, re-adaptadas, para assim justificarem o cadeirão onde assentam o fundo das costas.
Quero Abril de volta, íntegro nos direitos então conquistados! Contra a pobreza e o alheamento participativo, pelo direito maior ao voto consciente e filho de uma lucidez democrática, não prometido e manipulado.
Quero Abril de volta, quero que as vozes do ressentimento se transformem na voz que exige a dignidade, a igualdade de tratamento e de oportunidade, para que não se corra o perigo eminente de substituir a beleza e o perfume dos cravos, símbolo dos valores de Abril, pelo direito insatisfeito de revolta que, a acontecer, não será pacífica.
E, se não chegar a volta de Abril, tentemos o 1º de Maio!
Maria Teresa Góis
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