terça-feira, agosto 27, 2013
quinta-feira, agosto 22, 2013
Claude Debussy
Eis uma bem recente animação que conta factos relevantes da vida do compositor que nasceu neste dia, há 151 anos - Claude Debussy
segunda-feira, agosto 19, 2013
domingo, agosto 18, 2013
O servilismo intelectual
“Na política, a verdade deve esperar o momento em que todos precisem dela.”
Bjornson , Bjornstjerne
Bjornson , Bjornstjerne
Acontece outra vez; caminhamos para a abertura oficial das promessas
eleitorais, das acusações e choradeiras. O país está cansado destas
repetições, está indiferente. Porém joga-se no tabuleiro o destino da
vida concelhia e é tempo de analisarmos a fraqueza dos governos, a
perpétua permanência das mesmas opções e parar, pensar a sério que, e se
queremos mudar alguma coisa, temos no voto o primeiro passo.
Muitos dirão que não se fez mais devido à crise, às dívidas herdadas como se na Madeira a herança deixada não fosse sempre a filha do mesmo pai… O cansaço e a indiferença, a alteração de meios de vida inibem muitos do penoso trabalho de analisar, de verificar, de comparar, o que é pena. Quando nos despimos da nossa opinião e esquecemos que todo o acto político nos toca, ficando na lassidão tão portuguesa do “deixa andar”, perdemos a razão da crítica e se votarmos numa atitude indiferente, o acto democrático é inconsequente e servil.
Numa autarquia as grandes obras começam pelas pequenas coisas, sempre tendo em primeiro plano o bem-estar e desenvolvimento dos seus habitantes que devem ser tratados por igual, e os seus visitantes. É preciso saber valorizar o que se tem, mesmo que pouco e com meios escassos; não é esperar pelos actos eleitorais para os trabalhos esforçados das obras ou limpezas numa tentativa de lavar os quatro anos estéreis…
Foi notícia pública que em terras da nossa Ilha já se fazem sugestivas insinuações quanto à tendência, ou não, do voto. Só demonstra a mentalidade pequena, a sanidade perturbada e o servilismo intelectual à mesma política de quase quatro décadas que tanto tem onerado a vida dos madeirenses pondo-os nos “top’s” da gasolina mais cara, do gás mais caro, do porto e aeroporto mais caro, de um custo de vida agravado por um IVA que não merecíamos para além das restrições que sabemos nas escolas ou nos serviços clínicos.
Torga escreveu que “ser insular é viver a solidão mas não é uma condenação”. Hoje já temos a tecnologia que não nos isola e precisamos da verdade que não nos condene.
Essa “verdade” está na nossa mão, no nosso esforço de análise, de participação e empenho num sentimento bairrista e arrebatador. A vida de um Concelho deve ser pensada e vivida, projectada e organizada pela sua população e não ser gerida de fora, sem repto, por quem se ache único e importante.
Muitos dirão que não se fez mais devido à crise, às dívidas herdadas como se na Madeira a herança deixada não fosse sempre a filha do mesmo pai… O cansaço e a indiferença, a alteração de meios de vida inibem muitos do penoso trabalho de analisar, de verificar, de comparar, o que é pena. Quando nos despimos da nossa opinião e esquecemos que todo o acto político nos toca, ficando na lassidão tão portuguesa do “deixa andar”, perdemos a razão da crítica e se votarmos numa atitude indiferente, o acto democrático é inconsequente e servil.
Numa autarquia as grandes obras começam pelas pequenas coisas, sempre tendo em primeiro plano o bem-estar e desenvolvimento dos seus habitantes que devem ser tratados por igual, e os seus visitantes. É preciso saber valorizar o que se tem, mesmo que pouco e com meios escassos; não é esperar pelos actos eleitorais para os trabalhos esforçados das obras ou limpezas numa tentativa de lavar os quatro anos estéreis…
Foi notícia pública que em terras da nossa Ilha já se fazem sugestivas insinuações quanto à tendência, ou não, do voto. Só demonstra a mentalidade pequena, a sanidade perturbada e o servilismo intelectual à mesma política de quase quatro décadas que tanto tem onerado a vida dos madeirenses pondo-os nos “top’s” da gasolina mais cara, do gás mais caro, do porto e aeroporto mais caro, de um custo de vida agravado por um IVA que não merecíamos para além das restrições que sabemos nas escolas ou nos serviços clínicos.
Torga escreveu que “ser insular é viver a solidão mas não é uma condenação”. Hoje já temos a tecnologia que não nos isola e precisamos da verdade que não nos condene.
Essa “verdade” está na nossa mão, no nosso esforço de análise, de participação e empenho num sentimento bairrista e arrebatador. A vida de um Concelho deve ser pensada e vivida, projectada e organizada pela sua população e não ser gerida de fora, sem repto, por quem se ache único e importante.
Maria Teresa Góis
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/401896-o-servilismo-intelectual
quinta-feira, agosto 15, 2013
o aparecimento de mais dois mamíferos....
Há 65 milhões de anos, no final do Cretácico, um cataclismo livrou a
Terra dos dinossauros e deu aos mamíferos a oportunidade de prosperarem.
Rapidamente, estes pequenos animais ocuparam muitos nichos que então
ficaram livres. Desta forma, este grupo, do qual o homem descende,
divergiu e acabou por evoluir nas formas que hoje conhecemos. Cem
milhões de anos antes, em pleno parque Jurássico, os mamíferos já
existiam mas não é unânime há quanto tempo tinham aparecido. A
descoberta agora de dois fósseis de espécies diferentes, mas
aparentadas, de animais que morreram entre há 165 e 160 milhões de anos
veio lançar ainda mais confusão.
Uma das espécies, mais
primitiva, sugere que os mamíferos tinham acabado de aparecer. Outra tem
características morfológicas mais evoluídas e sugere que o aparecimento
dos mamíferos deu-se 215 milhões de anos, ainda durante o Triásico. Um
comentário da edição desta quarta-feira na Nature aos dois
artigos, publicados também nesta revista, defende que será preciso
esperar pela descoberta de novos fósseis para tentar destrinçar este
paradoxo paleontológico, que está ligado às nossas origens mais remotas.
Depois
do fim dos dinossauros e em relativamente poucos milhões de anos, os
mamíferos ocuparam o mar, a terra e o ar. Há animais com trombas, longos
pescoços, membranas aladas ou barbatanas. Há mamíferos adaptados a
viver nas árvores e outros que ficaram cegos por se manterem uma vida
inteira debaixo de terra, como algumas espécies de toupeiras. Os
marsupiais têm uma bolsa na barriga, onde se dá parte do desenvolvimento
das crias, e algumas espécies como o ornitorrinco põem ovos. A
divergência é muita, portanto.
Mas os fósseis têm mostrado que há
165 milhões de anos, quando os dinossauros reinavam na Terra, havia
ainda outros grupos que, se não eram mamíferos, tinham pelo menos
características anatómicas que associamos a esta classe. Grupos, esses,
que entretanto se extinguiram. O Arboroharamiya jenkinsi e o Megaconus mammaliaformis,
as duas espécies agora descobertas, faziam parte da ordem Haramiyida –
um dos grupos que existiu nessa época ancestral e confusa da evolução
dos mamíferos e que, entretanto, não sobreviveu ao tempo.
Ainda
não se sabe se os Haramiyida eram mamíferos ou apenas partilhavam
características desta classe de animais. Aliás, estas duas descobertas
vêm pôr mais lenha na fogueira desta discussão e de toda a origem dos
mamíferos. O Megaconus mammaliaformis, descoberto pela equipa
de Zhe-Xi Luo, da Universidade de Chicago, viveu entre há 165 e 164
milhões de anos no que é hoje o interior da região da Mongólia Interior,
no Nordeste da China.
No chão…
O Megaconus seria do tamanho de um grande esquilo e vivia ao nível do chão. O fóssil está bastante bem preservado e mostra que este animal tinha pêlos por todo o corpo, menos na barriga. Os dentes indicam que era omnívoro, já que estavam adaptados a mastigar plantas, mas também insectos e minhocas, e talvez outros pequenos vertebrados.
Esta espécie tinha
os três ossos que nos mamíferos servem para ouvir, mas neste animal os
ossos ainda estavam ligadas à mandíbula, o que já não acontece nos
mamíferos. Por outro lado, o osso do tornozelo é semelhante ao do
tornozelo de outros animais pré-mamíferos. Estas são características
consideradas primitivas colocam, segundo os autores, os Haramiyida fora
do grupo dos mamíferos e levam à equipa a concluir os mamíferos teriam
então de ter evoluído mais recentemente.
Mas a sul do local onde se encontrou o fóssil do Megaconus mammaliaformis,
na continuação da mesma formação geológica mas já na província chinesa
de Shandong, a equipa de Xiaoli Wang, da Academia de Ciências Chinesa,
descobriu um fóssil de outra espécie classificada também como
Haramiyida. Mas as características deste outro fóssil obrigaram a equipa
a desenhar outra árvore evolutiva dos mamíferos.
…E nas árvores
O Arboroharamiya jenkinsi vivia nas árvores há 160 milhões de anos. Pesaria cerca de 354 gramas, teria uma pequena cabeça e seria herbívoro ou omnívoro. Os ossos do ouvido deste pequeno animal estão dispostos como os dos mamíferos. Ora de acordo com esta e outras características, a equipa de Xiaoli Wang coloca os Haramiyida dentro dos mamíferos, onde estão os placentários, os marsupiais, os monotrématos como o ornitorrinco, e os multituberculados, outro grupo que já desapareceu.
A inclusão dos
Haramiyida nos mamíferos “implica que estes tenham surgido há pelo menos
215 milhões de anos – uma data muito mais antiga do que muitos
paleontólogos aceitam, mas que que está de acordo com uma estimativa
recente”, escrevem Richard Cifelli, do Museu de História Natural de
Oklahoma, e Brian Davi, da Universidade de Louisville, no Kentucky,
Estados Unidos, num comentário na Nature. Para apresentar aquelas características dos mamíferos, o antepassado do Arboroharamiya jenkinsi e de todos os outros mamíferos teve de ter surgido muitos milhões de anos antes.
Richard
Cifelli e Brian Davi consideram que estas duas alternativas obrigam a
novas interpretação sobre a história inicial e as adaptações mais
importantes que determinaram o aparecimento dos mamíferos. “Mas, em
última análise, serão necessários mais e melhores fósseis para refinar o
conhecimento sobre a divergência das espécies no início da evolução dos
mamíferos”, conclui o comentário.
fonte: Público, Agosto
domingo, agosto 11, 2013
sexta-feira, agosto 09, 2013
Primavera
06-12-1923/09-08-2013
A Primavera vem dançando
com os seus dedos de mistério e turquesa
Vem vestida de meio dia e vem valsando
entre os braços dum vento sem firmeza
Nu como a água o teu corpo quieto e ausente
Só este inquieto esvoaçar do teu sorriso
Loiro o rosto o olhar não sei se mente
se de tão negro e parado é um aviso
do destino que me fixa finalmente
Ai, a Primavera vai passando
com os seus dedos de mistério e de turquesa
Segue Primavera vai cantando
Que será do nosso amor nesta praia de incerteza
Urbano Tavares Rodrigues, in Horas de Vidro
quarta-feira, agosto 07, 2013
segunda-feira, agosto 05, 2013
Subscrever:
Mensagens (Atom)