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domingo, junho 29, 2014

Quanto baste - “q. b.”

Foi através da culinária, nos meus primeiros tempos, que me familiarizei
com esta sigla. Dei-lhe atenção devida, no início, mas a ideia e preocupação foi-se diluindo pelo tempo; a prática, o paladar e a tolerância deixaram-na cair no esquecimento.
Hoje em dia, porém, e pondo a culinária de parte, encontro todo o peso destes dois sinais gráficos nos mínimos momentos quotidianos.
Vejamos o que se passa na comunicação social, os media. Refiro-me à credível e isenta, que tenta trazer ao leitor ou ouvinte a informação “limpa” em cima da hora, sem histerismos. A esta tentam travá-la, despedem profissionais ao abrigo de uma contratação dita moderna e colectiva, descartam-nos por meros interesses políticos ou por grandes interesses económicos. Não usam o “lápis azul”, usam qualquer cor da caixa.
E temos a informação “q. b.”
Esta semana, contrariando o milenário invento da democracia, a fresca porque recente e luminosa ideia de quatro andantes que sempre defenderam e apoiaram o Apocalipse na Madeira, de renovar, anular, suprimir, substituir ou adulterar a Constituição Portuguesa, num sonho antigo de alguém importante, fechando de vez o Tribunal Constitucional.
Já agora, porque não fechar o Tribunal de Contas, porque não despedir com justa causa a Profª. Drª. Teodora Cardoso tão acutilante na crítica de certas opções deste governo?
E temos políticos regionais q. b.
É anunciado ao país o fecho obrigatório de mais de 300 escolas do 1º ciclo, processo nem em todos os casos acordado ou do conhecimento das Autarquias. Teremos crianças entre os 6 e 11 anos deslocadas a 20 km ou mais de casa, sem almoço familiar, com regresso às 19h. Encerramento à custa da desertificação de aldeias, despedimento de professores e de pessoal auxiliar, do sacrifício infantil e parental e em troca de um quadro interactivo ou de um pavilhão fechado numa escola superlotada, tal como as cadeias portuguesas.
Gestão social e educacional do Estado q. b.
Terminado que foi o “épico” passeio da selecção portuguesa à Copa (sem direito a passar na cozinha), numa prestação sem fôlego nem pernas, não sei se serão recolhidas as centenas ou milhares de bandeiras Nacionais “made in China” que neste curto período forraram montras, janelas, voaram em carros, na ponta de canas-vieira nos galinheiros, nas varas de feijão, ou se estarão à mercê do tempo, desbotando e esfarrapando até ao próximo europeu.
Patriotismo q. b.
Enquanto o governo nacional ainda nos surpreende com atitudes anti democráticas, anti sociais e contraditórias entre ministros, no PS tenta-se, perdendo ética, “aclarear” um futuro político para o País, um país até agora passivo e não pacificante.
Política e governo nacional q.b.
E porque é este o período, a todos boas férias, se as têm. Q. b.

Maria Teresa Góis

 

sexta-feira, junho 27, 2014

domingo, junho 08, 2014

Escultor chinês demora 4 anos a esculpir um tronco

A China tem uma longa tradição em esculturas de madeira. Desde há séculos, os seus mestres do cinzel vêm transformando pedaços de madeira bruta em obras de arte inspiradoras, mas nenhuma tão impressionante como a criação alucinante de Zheng Chunhui. Este talentoso artista chinês passou os últimos quatro anos meticulosamente esculpindo uma réplica detalhada de uma famosa pintura tradicional chinesa chamada "Ao longo do rio durante o Festival Qingming", num tronco de árvore de pouco mais de 12 metros de comprimento.

 A beleza de tirar o fôlego do seu trabalho simplesmente não pode ser expressa em palavras. Veja por si próprio! Como é possível imaginar, Zheng Chunhui precisou de uma montanha de paciência para completar a sua obra-prima de madeira que exibe barcos, pontes, edifícios e mais de 550 pessoas esculpidas individualmente.

Além do louvor de todos quando viram a escultura panorâmica de perto na sua inauguração recente no 
Museu do Palácio de Beijing, o artista chinês também foi homenageado pelo Guinness Book com o novo recorde mundial para a mais longa escultura em madeira, que mede 12,286 metros de comprimento, 3,075 metros de altura e 2,401 m de largura.

A verdade é que quando ouvimos falar em "obra-prima", pensamos logo em algum famoso quadro ou escultura do século 15 ou 16, como a "Mona Lisa" ou "A Pietà". Por isso, é sempre bom saber que verdadeiras obras de arte estão a ser criadas na actualidade, mesmo que seja uma revisita a uma obra famosa, como a supra-citada "Along the River During the Qingming Festival", do artista chinês Zhang Zeduan, que está exposta no mesmo museu.

A pintura panorâmica de Zhang tem quase 1.000 anos de idade e é conhecida como "Mona Lisa Chinesa", com os seus 5,3 metros, celebrando o espírito festivo e retratando a vida quotidiana de ricos e pobres durante o Festival Qingming. Ao longo dos tempos, outros artistas chineses já 
reinterpretaram este trabalho, com elementos culturais de suas épocas, mas nenhum com tanta maestria quanto Zheng.





  

domingo, junho 01, 2014

Os dias temáticos

Os dias temáticos

 
Maria Teresa Góis

 
 
01 de Junho, dia Mundial da Criança - Para além do dia da Mãe, este será dos únicos dias temáticos que relevo
As crianças são os únicos seres divinos que a nossa pobre humanidade conhece. Os outros anjos, os das asas, nunca aparecem. Os Santos, depois de Santos ficam na Bem-Aventurança a preguiçar, ninguém mais os enxerga. E, para concebermos uma ideia das coisas do Céu, só temos realmente as criancinha.”
In: A Ilustre Casa de Ramires
Eça de Queirós
O1 de Junho, dia Mundial da Criança – Para além do dia da Mãe, este será dos únicos dias temáticos que relevo. Não há vida sem Crianças, nossas ou não.
Ingenuidade, inocência, brincar de faz de conta, sorriso aberto, o esfregar dos olhos quando o “João Pestana” chega ou mesmo o espreguiçado acordar, a entrega confiante ou o ser princesa ou cavaleiro num reino encantado.
No seu olhar, digo intelectual, puro, livre, profundo, cresce um mundo novo.  Às vezes as nuvens do medo toldam-no, mas não o apagam.
Neste dia não quero lembrar apenas as crianças felizes ou afortunadas. Lembro as que padecem fome, trabalho forçado, violência e abuso, as que são roubadas à promessa evangélica que Eça, na citação acima, descreve.
Segundo a Procuradoria-Geral de Lisboa e num relatório trimestral relativo ao período de Janeiro a Março deste ano, foram abusadas por dia, sexualmente, duas crianças.
Das vítimas pouco ou nada sabemos; dos abusadores, noutros tempos apelidados de “tarados”, sabemos pela comunicação social que após prisão preventiva, arguidos e julgados, têm penas indemnizatórias, de apresentação regular às autoridades ou pulseira electrónica. Por mim sofreriam imediata castração química! E não sou radical; radical seria se fosse apologista de uma instantânea ablação…
Esta semana, na Índia e uma vez mais, duas pré-adolescentes de 14 e 15 anos foram violadas em grupo e depois enforcadas.
Em que Mundo vivemos? Que responsabilidades temos quando calamos, num crime cúmplice, o conhecimento de qualquer violência infringida?
Porque será que as lágrimas das crianças de cor me parecem maiores, fruto de um choro mais engrossado, mais pungente?
Num dia em que quase todos teremos “anjos” rabinos à nossa volta, partilho esta reflexão convosco.
Outros dias temáticos – Todos os demais