[google6450332ca0b2b225.html

domingo, junho 29, 2014

Quanto baste - “q. b.”

Foi através da culinária, nos meus primeiros tempos, que me familiarizei
com esta sigla. Dei-lhe atenção devida, no início, mas a ideia e preocupação foi-se diluindo pelo tempo; a prática, o paladar e a tolerância deixaram-na cair no esquecimento.
Hoje em dia, porém, e pondo a culinária de parte, encontro todo o peso destes dois sinais gráficos nos mínimos momentos quotidianos.
Vejamos o que se passa na comunicação social, os media. Refiro-me à credível e isenta, que tenta trazer ao leitor ou ouvinte a informação “limpa” em cima da hora, sem histerismos. A esta tentam travá-la, despedem profissionais ao abrigo de uma contratação dita moderna e colectiva, descartam-nos por meros interesses políticos ou por grandes interesses económicos. Não usam o “lápis azul”, usam qualquer cor da caixa.
E temos a informação “q. b.”
Esta semana, contrariando o milenário invento da democracia, a fresca porque recente e luminosa ideia de quatro andantes que sempre defenderam e apoiaram o Apocalipse na Madeira, de renovar, anular, suprimir, substituir ou adulterar a Constituição Portuguesa, num sonho antigo de alguém importante, fechando de vez o Tribunal Constitucional.
Já agora, porque não fechar o Tribunal de Contas, porque não despedir com justa causa a Profª. Drª. Teodora Cardoso tão acutilante na crítica de certas opções deste governo?
E temos políticos regionais q. b.
É anunciado ao país o fecho obrigatório de mais de 300 escolas do 1º ciclo, processo nem em todos os casos acordado ou do conhecimento das Autarquias. Teremos crianças entre os 6 e 11 anos deslocadas a 20 km ou mais de casa, sem almoço familiar, com regresso às 19h. Encerramento à custa da desertificação de aldeias, despedimento de professores e de pessoal auxiliar, do sacrifício infantil e parental e em troca de um quadro interactivo ou de um pavilhão fechado numa escola superlotada, tal como as cadeias portuguesas.
Gestão social e educacional do Estado q. b.
Terminado que foi o “épico” passeio da selecção portuguesa à Copa (sem direito a passar na cozinha), numa prestação sem fôlego nem pernas, não sei se serão recolhidas as centenas ou milhares de bandeiras Nacionais “made in China” que neste curto período forraram montras, janelas, voaram em carros, na ponta de canas-vieira nos galinheiros, nas varas de feijão, ou se estarão à mercê do tempo, desbotando e esfarrapando até ao próximo europeu.
Patriotismo q. b.
Enquanto o governo nacional ainda nos surpreende com atitudes anti democráticas, anti sociais e contraditórias entre ministros, no PS tenta-se, perdendo ética, “aclarear” um futuro político para o País, um país até agora passivo e não pacificante.
Política e governo nacional q.b.
E porque é este o período, a todos boas férias, se as têm. Q. b.

Maria Teresa Góis

 

1 comentário:

  1. Será que este governo ainda não ultrapassou o Q.B.? ou será necessário que todo o zé se agarre a um varapau e, tudo o que seja fora do Q.B. seja derretido à paulada?

    ResponderEliminar