ainda pouco se disse
e só nos faltava agora
que este Abril não se cumprisse.”
José Carlos Ary dos Santos
Reza a informação que o nome “Abril” deriva do Latim Aprilis que
significa “abrir” numa referência à germinação das culturas em época
primaveril.
Abril lembra-me um povo que se sacudiu, que se libertou, que veio para a rua exorcizando os medos acumulados, que acabou com uma guerra que nos levava a juventude para o número de mortos ou para a emigração. Lembra-me que os livros, a música e até a simples Coca-cola tiveram alforria de pleno consumo, lembra-me que o singelo cravo vermelho ganhou outra importância, outro significado e novos apaixonados. Abril lembra-me que a Escola, a Saúde, o direito ao voto cívico, lembra-me a igualdade adquirida em tantos casos …
Quarenta e um anos depois quanto já nos foi retirado deste “25 de Abril” em nome de uma política que agride a própria Constituição? E, o pior, em actos cometidos por indivíduos insignificantes.
Pagam-se caro os gestos incompetentes e insensatos e o povo português sente bem na pele esta frieza suicida. Feita a experiência do erro podemos reencontrar caminhos, serenidades e estabilidades possíveis. Foi-nos prometida uma “campanha alegre” mas o procedimento triste tem de nos levar à escolha: recusa ou aceitação na continuidade.
São precisas mudanças e renovações com toda a força do significado que as palavras encerram; nada de paredes caiadas onde se desenhem grafitis com a assinatura dos mesmos autores.
É preciso que os mais novos conheçam a realidade do país antes de Abril de 1974, um país isolado e atrasado que muito recuperou três décadas depois, para que os “jotinhas” de vida facilitada tenham a noção do quanto as gerações anteriores sofreram e lutaram.
Quero ABRIL de volta; na alegria, na esperança, no convívio sem medos, na Liberdade!
E lembro alguns dos que em Abril de 2015 nos deixaram e contribuíram para essa Liberdade: Herberto Hélder, Manoel de Oliveira, Silva Lopes, Tolentino Nóbrega. Todos foram construtores reconhecidos que nem atraiçoaram a sua personalidade ou o seu povo, nem o grito de Abril.
Abril lembra-me um povo que se sacudiu, que se libertou, que veio para a rua exorcizando os medos acumulados, que acabou com uma guerra que nos levava a juventude para o número de mortos ou para a emigração. Lembra-me que os livros, a música e até a simples Coca-cola tiveram alforria de pleno consumo, lembra-me que o singelo cravo vermelho ganhou outra importância, outro significado e novos apaixonados. Abril lembra-me que a Escola, a Saúde, o direito ao voto cívico, lembra-me a igualdade adquirida em tantos casos …
Quarenta e um anos depois quanto já nos foi retirado deste “25 de Abril” em nome de uma política que agride a própria Constituição? E, o pior, em actos cometidos por indivíduos insignificantes.
Pagam-se caro os gestos incompetentes e insensatos e o povo português sente bem na pele esta frieza suicida. Feita a experiência do erro podemos reencontrar caminhos, serenidades e estabilidades possíveis. Foi-nos prometida uma “campanha alegre” mas o procedimento triste tem de nos levar à escolha: recusa ou aceitação na continuidade.
São precisas mudanças e renovações com toda a força do significado que as palavras encerram; nada de paredes caiadas onde se desenhem grafitis com a assinatura dos mesmos autores.
É preciso que os mais novos conheçam a realidade do país antes de Abril de 1974, um país isolado e atrasado que muito recuperou três décadas depois, para que os “jotinhas” de vida facilitada tenham a noção do quanto as gerações anteriores sofreram e lutaram.
Quero ABRIL de volta; na alegria, na esperança, no convívio sem medos, na Liberdade!
E lembro alguns dos que em Abril de 2015 nos deixaram e contribuíram para essa Liberdade: Herberto Hélder, Manoel de Oliveira, Silva Lopes, Tolentino Nóbrega. Todos foram construtores reconhecidos que nem atraiçoaram a sua personalidade ou o seu povo, nem o grito de Abril.
Maria Teresa Góis
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