terça-feira, fevereiro 25, 2014
domingo, fevereiro 23, 2014
quarta-feira, fevereiro 19, 2014
sexta-feira, fevereiro 14, 2014
Véus de mármore
Tem que ter a skill em nivel jedi para esculpir isso aqui no mármore.Essa escultura abaixo, “A virgem velada” é uma das mais impressionantes que eu já vi , notem o efeito de transparência, é do artista italiano do século XIX Giovanni Strazza.
Pensa no grau épico de dificuldade de modelar um véu sobre um rosto num material que está entre os mais duros do planeta, o mármore ( mineral de dureza 3 – escala de Friedrich Mohs). Outro problema é que o mármore não tem adição. É uma escultura 100% feita por subtração. Por isso que dizem que para esculpir uma figura, você pega o bloco e “simplesmente tira tudo que não é a figura dele”.
Já tá humilhado? Espere até descobrir que não é só essa. Existem grandes esculturas que criaram belíssimos véus de mármore:
Pensa no nível de dificuldade de esculpir isso aqui sem quebrar:
Este é um monumento ao pai do príncipe Raimondo, Antonio de Sangro (1.685-1757)
O nome italiano do monumento Disinganno é muitas vezes traduzida como “decepção”, mas não no sentido convencional disso, e em eslavo eclesiástico – “A liberdade do feitiço”.
”A liberdade do feitiço” (depois de 1757) de Franschesko Kvirolo e é a mais famosa de suas obras, pela habilidade em fazer esta rede.
Toda feita em uma única peça de mármore e pedra-pomes, Kvirolo foi o único mestre napolitano que aceitou o desafio. Outros grandes escultores amarelaram, acreditando que a rede iria quebrar em pedaços.
Escultores fantásticos dominam há séculos a arte do recorte preciso da pedra.
E que tal essa textura de pele, de Lorenzo Berdini, que retrata o sequestro de Perséfone? Reparem a pressão dos dedos na pele.
recebido por email
Pensa no grau épico de dificuldade de modelar um véu sobre um rosto num material que está entre os mais duros do planeta, o mármore ( mineral de dureza 3 – escala de Friedrich Mohs). Outro problema é que o mármore não tem adição. É uma escultura 100% feita por subtração. Por isso que dizem que para esculpir uma figura, você pega o bloco e “simplesmente tira tudo que não é a figura dele”.
Já tá humilhado? Espere até descobrir que não é só essa. Existem grandes esculturas que criaram belíssimos véus de mármore:
Pensa no nível de dificuldade de esculpir isso aqui sem quebrar:
Este é um monumento ao pai do príncipe Raimondo, Antonio de Sangro (1.685-1757)
O nome italiano do monumento Disinganno é muitas vezes traduzida como “decepção”, mas não no sentido convencional disso, e em eslavo eclesiástico – “A liberdade do feitiço”.
”A liberdade do feitiço” (depois de 1757) de Franschesko Kvirolo e é a mais famosa de suas obras, pela habilidade em fazer esta rede.
Toda feita em uma única peça de mármore e pedra-pomes, Kvirolo foi o único mestre napolitano que aceitou o desafio. Outros grandes escultores amarelaram, acreditando que a rede iria quebrar em pedaços.
Escultores fantásticos dominam há séculos a arte do recorte preciso da pedra.
E que tal essa textura de pele, de Lorenzo Berdini, que retrata o sequestro de Perséfone? Reparem a pressão dos dedos na pele.
recebido por email
terça-feira, fevereiro 11, 2014
Animação portuguesa candidata a prémios Goya
foto DR |
A
curta-metragem portuguesa de animação "O gigante", de Júlio Vanzeler e
Luís da Matta Almeida, está nomeado para os Goya, os prémios de cinema
que são atribuídos este domingo pela Academia de Cinema de Espanha.
O
filme português foi selecionado para a categoria "Melhor curta-metragem
de animação espanhola", por ter Espanha entre os países coprodutores
(além de Portugal, Brasil e do Reino Unido).
Com cerca de dez minutos e argumento de Nélia Cruz, a partir de uma ideia de Júlio Vanzeler, o filme estabelece uma narrativa sobre pais e filhos e o processo de crescimento, a partir da história de um gigante que transporta a filha no coração, sendo ele a mostrar-lhe a realidade.
"O gigante" é o primeiro filme correalizado por Júlio Vanzeler, até aqui conhecido sobretudo como ilustrador de livros para a infância e juventude, feito em parceria com Luís da Matta Almeida, fundador da produtora de cinema de animação Zeppelin Filmes.
Este é o único filme português selecionado para os Goya 2014, os mais importantes prémios de cinema atribuídos em Espanha.
Portugal tinha apresentado uma candidatura ao Goya de melhor filme ibero-americano, com "A última vez que vi Macau", de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, mas a longa-metragem não chegou às nomeações finais.
Com cerca de dez minutos e argumento de Nélia Cruz, a partir de uma ideia de Júlio Vanzeler, o filme estabelece uma narrativa sobre pais e filhos e o processo de crescimento, a partir da história de um gigante que transporta a filha no coração, sendo ele a mostrar-lhe a realidade.
"O gigante" é o primeiro filme correalizado por Júlio Vanzeler, até aqui conhecido sobretudo como ilustrador de livros para a infância e juventude, feito em parceria com Luís da Matta Almeida, fundador da produtora de cinema de animação Zeppelin Filmes.
Este é o único filme português selecionado para os Goya 2014, os mais importantes prémios de cinema atribuídos em Espanha.
Portugal tinha apresentado uma candidatura ao Goya de melhor filme ibero-americano, com "A última vez que vi Macau", de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, mas a longa-metragem não chegou às nomeações finais.
domingo, fevereiro 09, 2014
O paradigma
“A política chegou a tal miséria que nem a polidez instintiva coíbe os homens.”
Eça de Queirós
A palavra mais ouvida nas últimas semanas, pronunciada por políticos e
comentadores, a propósito e a despropósito, é a palavra “paradigma”. A
curiosidade levou-me a dicionários na busca de um significado diferente
ao que conhecia; mas, lá está, “modelo, padrão, norma” ou seja, na
actual linguagem política, imposição, ideia já decidida mas não
comunicada ou esclarecida.
A meu ver o paradigma civilizacional está esgotado quando se apuram os
índices reais de pobreza, de miséria, de taxa de desemprego, de
emigração, de taxas de óbitos por falha de assistência, de suicídios e
quando funcionários, pensionistas e reformados são esmifrados a troco de
um perdão fiscal a grandes empresas num valor de 7,8% do PIB nacional.
Falta pão nos lares portugueses mas as sessões de circo são contínuas.
Vejamos o capítulo do caso “Miró”. Quando pertença do BPN tinham uma
avaliação de 150 milhões. Em 2007 a mesma colecção de 85 quadros foi
avaliada pela Christies’s em 81,2 milhões de euros e nos dias de hoje o
governo de Portugal esperava arrecadar 35 milhões. Se não estivéssemos
já avisados pelas frotas de “submarinos” que actuam neste país, pelos
avisos da comissão europeia sobre os níveis de corrupção e pelo
amadorismo imbecil que não tem emenda, é caso para usar a esquecida
expressão tão madeirense “aiaiai que a gatinha quer água”! Se há um
mercado que não se desvalorizou, foi o mercado da Arte.
Mas Arte, Cultura, Educação ou Saúde, são palavras desusadas para esta maioria.
Os emigrantes, os desempregados ou mesmo os mortos não participam nas
sondagens, sequer nas votações e este facto deve ser levado em conta em
todos os actos políticos a que somos chamados.
Se em tempos foram os Descobrimentos e “os feitos valorosos” que nos
levaram pelo Mundo, hoje somos o país que mais se curva a interesses
estrangeiros em detrimento de valores patrimoniais e patrióticos.
E noutra sessão circense ouvimos a proclamação da roleta de carros topo
de gama, a troco do que deveria de ser obrigação civilizada de
cumprimento de deveres.Com o tempo chegaremos aos ferros de engomar,
microondas ou até edições de livros de autoria ministerial… Pura
anedota.
As providências cautelares chovem, até do Ministério Público, os pedidos
de fiscalização chovem, até do Provedor da Justiça, e o povo brando,
cansado vai rimando “naquele engano de alma ledo e cego que a fortuna” e
a carência não deixarão durar muito.
E, se não ficarem esclarecidos com os paradigmas deste governo, olhem
para a senhora presidente da Assembleia da República e matutem no
“conseguimento” e no “inconseguimento frustracional devido à crise”.
Maria Teresa Góis
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/430089-o-paradigma
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