quarta-feira, agosto 31, 2016
segunda-feira, maio 23, 2016
Túmulo do Rei D. Dinis foi aberto em 1938
O
Rei D. Dinis escolheu a Igreja do Mosteiro Cisterciense de Odivelas
para sua última morada. Indicou mesmo o local – a meio, entre a
capela-mor e o coro. Para que a sua vontade fosse cumprida, fez essa
declaração no seu testamento. Assim se cumpriu. Naquele local e naquele
Igreja foi depositado o seu corpo quando o cortejo fúnebre chegou, vindo
de Santarém. Era um mausoléu majestoso. O primeiro a ter uma estátua
jacente. O primeiro a ficar dentro de um lugar sagrado. Estava cercado
de grades altas de ferro terminando em escudetes nas pontas dos
balaústres com as armas de Portugal, e cruzes da Ordem de Cristo. Um
dossel cobria-o em toda a sua dimensão.
Túmulo de El Rei D. Dinis foi aberto em 1938
O
sismo de 1755 precipitou sobre o túmulo do Rei D. Dinis a abóbada da
igreja do Mosteiro Cisterciense de Odivelas deixando-o gravemente
arruinado.
Reconstruída a Igreja, foi o túmulo encostado à teia do corredor lateral direito e ali esteve até 1938, ano em que se fizeram novamente obras na Igreja. Em consequência dessas obras, foi necessário mudá-lo de lugar e para facilitar o trabalho transportaram primeiro a tampa, pelo que, logo que a levantaram, ficaram à vista os restos mortais do Rei.
Reconstruída a Igreja, foi o túmulo encostado à teia do corredor lateral direito e ali esteve até 1938, ano em que se fizeram novamente obras na Igreja. Em consequência dessas obras, foi necessário mudá-lo de lugar e para facilitar o trabalho transportaram primeiro a tampa, pelo que, logo que a levantaram, ficaram à vista os restos mortais do Rei.
Removida
a tampa viu-se um manto de brocada vermelho a cobrir o corpo do Rei, da
cabeça aos pés. Este manto era tecido com fios de ouro. A todo o
cumprimento tinha faixas alternadas, separadas com fios dourados e onde
se tinham executado bordados com os seguintes motivos: numa das faixas
estavam bordadas pinhas em toda a sua extensão; na faixa seguinte
bordaram açores e na última viam-se flores de Liz.
Na
opinião dos que assistiram a este acontecimento, as pinhas são uma
referência ao pinhal de Leiria. Os açores, sendo o Rei um amante da caça
de volataria, lembram-nos a aves de caça que muito estimava. Conta-se
que até mandou construir uma capela a São Luís em Beja, porque este
santo lhe ressuscitou um falcão.
As flores de Liz são uma afirmação da sua ascendência real francesa.
Retirado
o manto, ficou à vista o esqueleto do Rei, que estava completo e
coberto pela pele ressequida. Tinha vestido um colete de lã branca muito
macia, sobre a túnica.
A
cabeça repousava numa almofada e estava inclinada como quem dorme sobre
o lado esquerdo, posição que o corpo acompanhava ligeiramente. O braço
direito dobrado sobre o peito e o esquerdo descaído ao longo do corpo.
Apenas os ossos dos pés estavam separados uns dos outros. Nos maxilares a
pele estava um pouco separada e apresentava uma longa barba ruiva. Na
cabeça a pele não se apresentava solta do crânio e tinha tufos de
cabelos ruivos. O Rei tinha 64 anos quando faleceu, o que para a época
era uma idade avançada. Apesar da idade, conservava todos os dentes.
Perante
os restos mortais do Rei, os pintores dos seus retratos não se podiam
ter enganado mais. Foi uma surpresa a verificação que era ruivo, o que
se deve ao facto de ter antecedentes germânicos.
Afirma-se
que soldados franceses terão tentado profanar o túmulo pensando que o
Rei teria sido sepultado com esporas de ouro. De facto alguém partiu o
túmulo no sítio dos pés , e terão introduzido um objecto que puxasse as
esporas. Não garanto que tivesse sido assim, mas o facto de os ossos dos
pés estarem espalhados pode ter essa explicação.
Não há sinais de ter sido aberto o túmulo antes de 1938, nem notícia de ter sido aberto depois.
Posteriormente
foi levado para o segundo absidíolo esquerdo, por decisão dos técnicos
das obras, decisão que não foi aprovada pelo presidente do Conselho, que
ordenou a sua remoção para dentro da Igreja, por saber que essa era a
vontade do Monarca. Foi então colocado onde hoje se encontra – na capela
do lado do Evangelho.
Para
que conste que o Rei D. Dinis está sepultado no seu túmulo, depositado
na Igreja do Mosteiro Cisterciense feminino de São Dinis e São Bernardo
em Odivelas, o que tenho vindo a afirmar continuadamente desde 1980.
:: ::
«Por Terras de D. Dinis», crónica de Maria Máxima Vaz
«Por Terras de D. Dinis», crónica de Maria Máxima Vaz
Nota
- "conhecimentos porque uma pessoa com saber e responsável soube
transmitir-nos o que viu. Era então Director do Instituto de Odivelas um
grande Militar e Pedagogo, Coronel Ferreira Simas.
Assistiu
à abertura e ordenou a uma professora de desenho que reproduzisse os
bordados do manto. Mais tarde teve conhecimento de um artigo que fazia
uma descrição cheia de atropelos. Então ele fez um relatório dos factos,
com a descrição do que viu. Merece todo o crédito a sua descrição e foi
aí que obtive as informações que aqui vos deixei com enorme
satisfação."
fonte:email
domingo, maio 15, 2016
girafas mergulhadoras
Só fazem isto na Austrália. Não fazem tours pelo mundo pelos custos do transporte destes animais treinados e altamente valiosos. São precisos 2 anos para que uma girafa se sinta confortável na água e mais 3 ou 4 para ensiná-las a mergulhar. Reparem no andar destas maravilhosas girafas, parecem modelos a desfilar. Um espectáculo extraordinário, valeu a pena o trabalho dos treinadores.
segunda-feira, abril 25, 2016
terça-feira, abril 05, 2016
Ada Lovelace (1815-1852)
Ada nasceu e cresceu em Londres, na
Inglaterra, vivendo uma vida modelo para as senhoras da corte inglesa do
começo do século XIX. Não tinha um bom
relacionamento com seu pai,Lord Byron, que morreu quando ela tinha oito anos. Já
sua mãe, percebendo seu interesse em estudos matemáticos, a ensinou e
apoiou desde cedo. Casou-se aos vinte anos, assumindo o nome do marido
(William King, nomeado Conde Lovelace) e o título de condessa,
tornando-se a Condessa de Lovelace. Durante sua formação acadêmica, a
cientista acompanhou de perto alguns matemáticos e pode mostrar seu
talento com os números. Ada é reconhecida como a primeira programadora
do mundo por sua pesquisa em motores analíticos – a ferramenta que
baseou a invenção dos primeiros computadores. Suas observações sobre os
motores são os primeiros algoritmos conhecidos.
Em 1842, ela não só traduziu o artigo sobre o funcionamento da
máquina analítica (também chamado de computador mecânico), como
acrescentou notas à tradução que eram mais longas do que o texto em si. A
última sessão das anotações descreve o que é considerado o primeiro
programa de computador da história: um algoritmo para calcular números
de Bernoulli. No artigo, ela também especulou sobre a futura capacidade
da máquina de criar gráficos e música complexa.
Ada escreveu o que hoje se considera o primeiro algoritmo para ser
interpretado por uma máquina. O algoritmo teria funcionado se a máquina
de Babbage tivesse sido realmente construída, mas o projecto só foi
concluído em 2002, pelo Museu da História do Computador, em Londres
(Reino Unido).
Segundo historiadores, a maior contribuição de Ada Lovelace à
programação foi vislumbrar que o computador mecânico poderia fazer
outras operações além de simplesmente fazer contas com números. E o
mundo todo tem a ela para agradecer pelo que foi uma verdadeira
revolução dos computadores.
sábado, março 26, 2016
quarta-feira, janeiro 13, 2016
Diálogo ocorrido entre 1643 e 1715 !
Diálogo (da peça teatral "Le Diable Rouge", de Antoine Rault), entre as personagens Colbert e Mazarino, durante o reinado de Luís XIV, século XVIII.
Colbert: - Para arranjar dinheiro, há um momento em que enganar o contribuinte já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é possível continuar a gastar quando já se está endividado até o pescoço…
Mazarino: - Um
simples mortal, claro, quando está coberto de dívidas e não consegue
honrá-las, vai parar à prisão. Mas o Estado é diferente ! Não se pode
mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se… Todos
os Estados o fazem !
Colbert: - Ah, sim ? Mas como faremos isso, se já criamos todos os impostos imagináveis ?
Mazarino: - Criando outros.
Colbert: - Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: - Sim, é impossível.
Colbert: - E sobre os ricos ?
Mazarino: - Os ricos também não. Eles parariam de gastar. E um rico que gasta, faz viver centenas de pobres.
Colbert: - Então, como faremos ?
sexta-feira, janeiro 08, 2016
sábado, janeiro 02, 2016
eu não quero morrer já.....
A
semana passada deixei de comer chouriços. E presunto. E fiambre. E
mortadela!!! Esta semana deixei de comer queijo. “Afecta a mesma
molécula das drogas duras”, dizia um estudo. Eu não quero ter nada a ver
com isso, gosto muito de queijo, mas não quero ter nada a ver com
drogas, muito menos ser visto como um agarrado ao queijo. Acabou-se com o
queijo cá em casa. Também já tinha acabado com o pão, por isso…
O
mês passado deixei de beber vinho branco. Um estudo dizia que fazia mal
a não sei quê. Se calhar era cancro também. Passei a beber só tinto que
dizia um estudo ser ideal para uma série de coisas. Esta semana voltei a
beber branco porque entretanto saiu um estudo a dizer que afinal o
branco até tem propriedades que fazem bem e muito tinto é que não.
Comecei a reduzir no tinto mas, também, acho que compreendem, não quero
morrer assim de qualquer maneira.
Cortei
nas azeitonas também porque um estudo dizia que têm demasiada gordura,
são muito insaturadas, ou lá o que é, mas não parece nada bom.
Andava
praticamente a peixe até perceber que os portugueses comem peixe a mais
e são, por isso, prejudiciais ao ambiente. Eu sei que não moro no
continente mas como sou português, e ainda contam todos para o estudo,
sei lá, os que estão e os que não estão, e como eu não quero ser acusado
de inimigo do ambiente, ando a cortar no peixe também. Especialmente no
atum que está cheio de chumbo e o bacalhau também porque causa daquele
estudo que saiu sobre a quantidade de sal mas, também, acho que
compreendem, não quero morrer assim de qualquer maneira.
Esta semana saiu um estudo a dizer que afinal o vinho em geral faz mal. Fiquei devastado. Há dois meses foram as couves roxas. Vi até um especialista na televisão dizer que não devíamos comer nada cuja cor seja roxa; “é sinal que não é para comer”, dizia. Arroz também quase não como porque engorda, quanto mais esfregado pior, e saiu um estudo a dizer que implica com uma função qualquer mais ou menos delicada. Não é a reprodutora porque acho que essa é com a soja. Dá hormonas femininas aos homens, e consequentes mamas, o raio da soja (!) e prejudica as funções todas. Não, soja nem pensar!
Leite
também já há muito que me livrei dele. Foi, salvo erro, desde que saiu
um estudo a dizer que o nosso corpo não está preparado para leites. Por
isso, leite não. Sumos de frutas também dispenso enquanto não resolverem
o problema levantado no estudo que apontava para… não sei muito bem
para quê, mas apontava e não era nada excitante mas, também, acho que
compreendem, não quero morrer assim de qualquer maneira.
Carne
vermelha, claro, também não. Ataca o coração, diz o estudo. Galinha nem
sonhar porque umas estão cheias de gripe e as outras encharcadas de
antibióticos. Além de que carne de galinha a mais, como dizia outro
estudo, impacta com o desenvolvimento dental, o que até parecia óbvio
mas ninguém percebia, pois as galinhas não desenvolvem dentes. Cortei a
galinha há muito tempo. Porco? Só a brincar. É óbvio que não há cá
porco. Não chegassem as salsichas e afins ainda veio este outro estudo,
ou ainda não leu? Pois então, diz que o excesso de carne de porco pode
provocar uma diminuição de massa cinzenta e o aumento dos ciclos
atópicos do mastoideu singular. Ninguém quer passar por isso! Você quer?
Eu não mas, também, acho que compreende, não quero morrer assim de
qualquer maneira. Esqueça-se a carne de porco, pelo amor da santa!
Ah!…
Já me esquecia do glúten! Glúten, também não. É que nem pensar! Durante
muitos anos nem sabia que existia, mas desde que me apercebi da
existência de semelhante coisa arredei tudo o que tivesse glúten.
Deixa-me pouca escolha mas, também, acho que compreendem, não quero
morrer assim de qualquer maneira.
Ovos!
Claro que também não como ovos. Primeiro porque não sou nenhum ovíparo e
depois por causa das quantidades de coisas que aquele estudo que saiu a
semana passada dizia. É um rol senhores, um rol e colesterol! Vão ver e
admirem-se! Os ovos! Quem diria os ovos… Enfim, é a vida: ovos nem
vê-los! Como a manteiga: é só gordura! Desde que acabei com o pão e com o
queijo, a manteiga também, por assim dizer, deixou de fazer falta.
Ainda a usava para fritar ovos mas agora também não se pode comer ovos…
Pois, a manteiga, dizia o estudo, é só gordura animal e animais não
devem comer a gordura uns dos outros. Pareceu-me um bom fundamento e
acabei com a manteiga.
Ia fazer uma salada. Sem muito azeite, claro, porque, compreendem, não quero morrer assim de qualquer maneira, sem sal, naturalmente e vinagre só do orgânico, porque, compreendem, não quero morrer assim de qualquer maneira…
É quando recebo um email com o título “Novo Estudo Aconselha a Ingestão Moderada de Saladas e Hortaliças”.
Enchi um copo de água, filtrada, naturalmente, de garrafa de vidro e sorvi um golo ávido. Espero que não me faça mal.
fonte: email
sexta-feira, janeiro 01, 2016
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