Tenta-se, em algumas paróquias da Ilha, recuperar as tradições antigas no acompanhamento musical, já que os Cânticos, na sua maioria, permanecem os mesmos.
No antigamente, era o búzio soprado que dava o sinal de chamamento, para além dos sinos, e as pessoas acorriam com reco-recos, brinquinhos, cavaquinhos e foguetes, a caminho da Igreja. Hoje há estradas, carros, despertadores também. Convém lembrar que estas Celebrações acontecem a partir das cinco da manhã. Mas é na letra dos cânticos, na sua melopeia musical, ora viva ora lenta, que se encontra o Louvor, a Evocação, a Fé e a Alegria precedente do Natal. Vejam só estas quadras:
Vinde Espírito Divino/Lá das celestes alturas/A chama da vossa Graça/acendei nas criaturas
Assim seja assim se faça/Neste século e no futuro/Para que nos alegremos)Em prazer e gozo puro.
ou então:
Senhora Virgem do Parto/Que nesse altar estais/Atendei-nos carinhosa/Os filhos que tanto amais.
Virgem do Parto Oh Maria, Senhora da Conceição/Dai-nos as festas felizes/A Paz e a Salvação
E, depois da Missa, é o convívio cá fora, em alguns sítios com um "escalda bicos" (canja), vinho, pão de casa, bolos e licores, dependendo se houve ou não Festeiro, ou seja, o pagador da promessa e das despesas. Porque os tempos também aqui são de crise, é normal e salutar que se recorra à oferta das populações, pelos diversos sítios, celebrando depois as Missas nas intenções dos oferentes de cada lugar.
Se vierem à Madeira nesta altura, não percam, tentem participar numa Missa do Parto – vão de ganho!
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