Cada um regula-se habitualmente pelo seu próprio relógio, mas a hora legal é determinante em todos os processos que envolvam transferências bancárias internacionais, depósitos e também na bolsa de valores. Tudo é orquestrado por cinco relógios atómicos protegidos num bunker do Observatório Astronómico de Lisboa.
A hora legal ganhou "maior importância com a facturação electrónica porque tudo passou tudo a ser registado ao segundo", desde transferências, depósitos, concursos, bolsa, compras ou vendas, explicou à agência Lusa Rui Agostinho, a quem cabe garantir o pleno funcionamento do sistema electrónico do Observatório Astronómico.
Por isso, "a hora tem de ser preservada com muita segurança", já que um segundo pode significar "prejuízos de milhões de euros". Rui Agostinho exemplifica: no decorrer de um negócio internacional, perderam-se "muitos milhões" apenas porque a proposta foi entregue segundos depois da 17h00.
Neste caso, o tempo é mesmo dinheiro. Assim, dezenas de bancos, seguradoras, comerciantes, advogados e outros sectores de actividade económica regem-se pela hora legal, que é disponibilizada pelo Observatório Astronómico de Lisboa via Internet.
Os cinco relógios atómicos estão ligados electronicamente, pelo que é "praticamente impossível alguém adiantar ou atrasar a hora", além de que "não se consegue entrar na sala", garante Rui Agostinho. Contudo, os portugueses devem atrasar a hora nos seus relógios já este domingo, entrando oficialmente no horário de inverno.(fonte net)
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