"Os arrogantes são como balões: basta uma picadela De sátira ou de dor para dar cabo deles."
Madame De Staël
(1776-1817)
Madame De Staël
(1776-1817)
Era uma vez…
Era uma vez um reino, um reino especial. Todas as árvores eram de citrinos sobretudo laranjas e limoeiros.
O senhor do reino, o "Único Importante", mandava e desmandava a seu bel-prazer e todos que dele dependiam, obedeciam: servos da gleba, escribas, bobos da corte, polichinelos e até mesmo parte do clero o acompanhavam e abençoava.
Por decreto-lei todas as laranjas apanhadas tinham de ser espremidas mas a qualidade da apanha não tinha as medidas impostas pela União Europeia e quer o sumo, as cascas para doce cristalizado ou as sementes para geleia, tinham pouco aproveitamento.
Neste reino claro que havia limoeiros - alguns até lhes chamavam "árvores da oposição" - que floriam, rescendiam e eram de todo aproveitadas quer para chá, quer na poncha regional, uma bebida típica candidata às 7 maravilhas da "borracheira", quer na aromatização de bolos, pudins e doces. Eram árvores saudáveis imunes à larva mineira que grassava no reino.
O "Único Importante", azedo de inveja, começou a importar todo o tipo de laranjas e seus derivados, gastando o que o reino tinha e não tinha, facultando o acesso àqueles que lhe obedeciam.
E assim se foi formando o reino, assente numa ilha sem bóias, que se foi afundando, afundando…
O povo simples, sempre curioso, começou a ver que o sumo do limão com mel tinha efeitos medicinais e desatou a consumir das árvores da oposição, enquanto as laranjas apodreciam.
Tudo o "Único Importante" tentou: circo, comida farta e promessas, enquanto a podridão era escondida nas catacumbas ou espalhada em aterros.
A notícia correu, não correu Mundo mas correu parte dele.
Vieram então uns senhores de troika, espantados com tal desperdício, para averiguar da doença e tratamento das laranjeiras. Demorariam um mês, se tanto, e o reino viveria desinfestado e livre!
Porém, e nestas histórias tem de haver sempre uma bruxa má, a bruxa má chamada coligação PSD/CDS, lançou um feitiço sobre a troika…
E o reino do "Único Importante" vai continuar infestado, ignorante e iludido.
Era uma vez um reino, um reino especial. Todas as árvores eram de citrinos sobretudo laranjas e limoeiros.
O senhor do reino, o "Único Importante", mandava e desmandava a seu bel-prazer e todos que dele dependiam, obedeciam: servos da gleba, escribas, bobos da corte, polichinelos e até mesmo parte do clero o acompanhavam e abençoava.
Por decreto-lei todas as laranjas apanhadas tinham de ser espremidas mas a qualidade da apanha não tinha as medidas impostas pela União Europeia e quer o sumo, as cascas para doce cristalizado ou as sementes para geleia, tinham pouco aproveitamento.
Neste reino claro que havia limoeiros - alguns até lhes chamavam "árvores da oposição" - que floriam, rescendiam e eram de todo aproveitadas quer para chá, quer na poncha regional, uma bebida típica candidata às 7 maravilhas da "borracheira", quer na aromatização de bolos, pudins e doces. Eram árvores saudáveis imunes à larva mineira que grassava no reino.
O "Único Importante", azedo de inveja, começou a importar todo o tipo de laranjas e seus derivados, gastando o que o reino tinha e não tinha, facultando o acesso àqueles que lhe obedeciam.
E assim se foi formando o reino, assente numa ilha sem bóias, que se foi afundando, afundando…
O povo simples, sempre curioso, começou a ver que o sumo do limão com mel tinha efeitos medicinais e desatou a consumir das árvores da oposição, enquanto as laranjas apodreciam.
Tudo o "Único Importante" tentou: circo, comida farta e promessas, enquanto a podridão era escondida nas catacumbas ou espalhada em aterros.
A notícia correu, não correu Mundo mas correu parte dele.
Vieram então uns senhores de troika, espantados com tal desperdício, para averiguar da doença e tratamento das laranjeiras. Demorariam um mês, se tanto, e o reino viveria desinfestado e livre!
Porém, e nestas histórias tem de haver sempre uma bruxa má, a bruxa má chamada coligação PSD/CDS, lançou um feitiço sobre a troika…
E o reino do "Único Importante" vai continuar infestado, ignorante e iludido.
Se não houver equilíbrio, mais tarde ou mais cedo os citrinos acabam por se tornar azedos. Só é pena que, na sua derrocada, acabem por arrastar inocentes...
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