Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros.
Depois de nascer, demoramos para falar, para caminhar e,mais tarde,custa entender as coisas ou dar o braço a torcer...
Viramos adolescentes teimosos e dramáticos. Levamos um século para aceitar o fim de uma relação e outro para abrir a porta a um novo amor.
Já adultos demoramos a dizer a alguém o que sentimos, demoramos a perdoar um amigo, demoramos a tomar uma decisão.
Até que um dia, é o aniversário! 37 anos, 41, ou 48, talvez 59.
Uma qualquer idade que esteja no meio do trajecto que é a Vida.
E descobrimos que o tempo não pode continuar sendo desperdiçado!
Fazendo uma analogia com o futebol, é como se estivéssemos com o jogo empatado na 2ª parte e ainda nos déssemos ao luxo de atrasar a bola para o guarda-redes
Tudo o que queremos, depois de uma certa idade, é ir direito ao assunto.
(Exceptuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, para todo o resto é melhor andar depressa). Mas só com alguma vivência e maturidade o alcançamos.
Pessoas experientes já não cozinham em lume brando, não esperam sentados, não ficam dando voltas e voltas, não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.
Uma pessoa é sempre bruta consigo? Não é obrigatório conviver com ela!
A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.
Paciência só para o que importa de verdade.
Paciência para ver a tarde cair, paciência para saborear um vinho do Porto, paciência para a música e para os livros, paciência para escutar um amigo, paciência para aquilo que vale nossa dedicação.
Tudo o mais, esqueça!
Sem comentários:
Enviar um comentário