Para uma Amiga que eu vi partir
Não sei definir o teu rosto,
Estranho rosto onde as feições da Morte vizinha,
Se sobrepõem às tuas.
Parece-me olhar um rosto de água,
Em que a imagem ondula e, contudo,
Encovam-te as faces pequenos sulcos de Vida.
Os olhos cerrados já não vêm
E a testa alisa-se numa pele repuxada de máscara!
Da boca entreaberta sai o fôlego da Alma
E o pulso enfraquece na frieza das mãos.
A distância cresce entre nós e nada posso fazer!
A camisa marcada do hospital lembra-me as vestes de um Holocausto.
Não é a Vida imolação?
Para onde vais Amiga, tu que nunca abandonaste a luta?
Quisera que partisses sem a face feia do sofrimento,
Sem o estertor da vida que se apaga,
Sem a consciência do que deixas e que é Nada.
Quisera deixar-te adormecer no encantamento de um embalo quente,
Tão quente que anulasse a tua frieza.
Vais.
Foste. E eu fico mais pobre!
Estranho rosto onde as feições da Morte vizinha,
Se sobrepõem às tuas.
Parece-me olhar um rosto de água,
Em que a imagem ondula e, contudo,
Encovam-te as faces pequenos sulcos de Vida.
Os olhos cerrados já não vêm
E a testa alisa-se numa pele repuxada de máscara!
Da boca entreaberta sai o fôlego da Alma
E o pulso enfraquece na frieza das mãos.
A distância cresce entre nós e nada posso fazer!
A camisa marcada do hospital lembra-me as vestes de um Holocausto.
Não é a Vida imolação?
Para onde vais Amiga, tu que nunca abandonaste a luta?
Quisera que partisses sem a face feia do sofrimento,
Sem o estertor da vida que se apaga,
Sem a consciência do que deixas e que é Nada.
Quisera deixar-te adormecer no encantamento de um embalo quente,
Tão quente que anulasse a tua frieza.
Vais.
Foste. E eu fico mais pobre!
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