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quarta-feira, novembro 26, 2008

C H O V E





Chove.

O plaino imenso canta,

Se encharca e escorre


Enquanto a chuva dança.


Chove.


Num alongado permanente


Que se esvai e morre,


Como gente.


Chove,


Nascida do céu perdida no chão,


Transparente, fria,


Em doação.


Chove


E a chuva é vida


Que cria, recria.


A benção jorrada


De Divina mão.


E quando assim chove


Há sol, alegria,


No meu coração.

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