A brejeirice chegou à campanha do PSD-M. O candidato primeiro trouxe para o discurso, ali para os lados da Ponta do Sol, histórias de homossexuais, heterossexuais, mudanças de sexo e por aí fora, ao ponto de ter falado de quem tem testículos e de quem não os tem. Arengou em cima do palco qualquer coisa à volta de homens que passam a ser mulheres sem "as coisas lá no sítio" e de mulheres que podem ser homens mesmo "continuando com as coisas lá no sítio". E os apaniguados aplaudiram o espectáculo degradante ao som do “paz, pão, povo e liberdade”… para alguns. Enfim, que grande contributo para resolver os problemas da Madeira! Que grande projecto político de mudança! Os problemas dramáticos resultantes de 13,9% de desemprego, de seis mil milhões de dívidas, dos empresários aflitos, a preocupante pobreza, a privatização da saúde e da educação, esses não contam, importante é manter o circo e a palhaçada entre um naco de carne e um copo.
Escutei aquele comicieiro arroto político e comentei: mas afinal, política e metaforicamente, claro, quem os não tem no sítio? Então o homem que assim prega, que pede à Assembleia para não levantar a imunidade parlamentar para que o Tribunal possa fazer justiça, pode falar de "coisas lá no sítio"? E quando foge a todos os debates na Assembleia, tê-los-á "no sítio"? E quando não aceita debates na televisão, frente aos seus opositores, demonstra que os tem? Quando, aqui, fala de pulmão cheio, e lá, pia fininho e com salamaleques, demonstra “coisas no sítio”?
Oh, Povo, acordai!
Escutei aquele comicieiro arroto político e comentei: mas afinal, política e metaforicamente, claro, quem os não tem no sítio? Então o homem que assim prega, que pede à Assembleia para não levantar a imunidade parlamentar para que o Tribunal possa fazer justiça, pode falar de "coisas lá no sítio"? E quando foge a todos os debates na Assembleia, tê-los-á "no sítio"? E quando não aceita debates na televisão, frente aos seus opositores, demonstra que os tem? Quando, aqui, fala de pulmão cheio, e lá, pia fininho e com salamaleques, demonstra “coisas no sítio”?
Oh, Povo, acordai!
NOTA:
Artigo de opinião, da minha autoria, publicado na edição de hoje do DN-Madeira.
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