Embrulhas a Alma em celofane,
Com cuidados mil!
Não vás amarrotar o papel
Que insiste em gemer sob a pressão,
Denunciando a forma no embrulho.
Deixa a alma a Deus ou ao Diabo,
E embrulha apenas o coração!
Podes por laços e fitas,
Papel colorido, brilhante...
Mas deixa presos os dedos e os olhos.
Põe mais um laço,
Dá um passo atrás e vê se está bonito
O embrulho do teu coração!
Agora, soltas os dedos, os olhos,
Esqueces o coração embrulhado
E recuperas a Alma!
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