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quarta-feira, dezembro 02, 2009

"Penso, logo existo"


Respirar é natural.

Virar a cabeça ao encontro de um som repentino, é natural.

E pensar?

O acto de pensar é tão natural e espontâneo que…nem pensamos que estamos a pensar.

O raciocínio será a ginástica do pensamento. Digo isto, numa visão leve e actual, porque o raciocinar se banalizou, numa sociedade que quer parecer, sem o ser.

Ghiraldelli afirma:" o que é incómodo não é inútil, pois faz a diferença – uma boa diferença".

Mas se pensamos inconsequentemente também o fazemos com senso, numa acção que nos é ditada pela vida quotidiana, sem filosofia alguma.

Kant dizia que "não há filosofia que se possa aprender, só se aprende a filosofia".

Concluo, pois, que se respirar é natural, se pensar é natural, filosofar é, também, natural.

Mas diante da evolução tecnológica, do imediato da internet, de um ego cada vez mais introvertido, egoísta, menos conversador, haverá espaço para o pensamento?

Li, não sei onde, que quando uma criança de dois, três anos, faz aos pais ou educadores uma pergunta de que ela mesma conhece a resposta, que isso é filosofia.

A novíssima linguagem da net e telemóveis não exige pensamento mas apenas memorização. Será uma forma de filosofia? Penso que sim: é a simplificação da comunicação e do entendimento.

Mas há, tem de haver, espaço para o pensador, para o pensamento preparado, elaborado, dependente da aplicação de capacidades: agilidade mental, curiosidade, estudo, agilidade expressiva e comunicativa.

E por aqui fica a minha cogitação – a humanidade está salva: pensa e filosofa!


 


 

Maria Teresa S T Góis

28/11/09

1 comentário:

  1. Ora bem!
    Há sempre um contraditório
    Existo e não penso!...
    E p,raquê pensar,
    Basta o chefe da aldeia pensar
    Desde que haja maná a cair do céu
    não vou pensar mais,
    podem me confundir de filósofo "barato ,inimigo da Madeira Nova, de bota abaixo!...
    Abreijo
    F.Alferes

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