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quinta-feira, abril 07, 2011

Canção autobiográfica


aos quarenta e dois anos, com um cão e o silêncio
da sua pata cúmplice, a solidão é uma
destreza atormentada; e o coração o incerto secretário
de agonia e desejo, variantes da alma.
aos quarenta e dois anos, com um cão e o silêncio.

canção, canção que nunca acabarias
de te escrever, vaivém das
tantas coisas.

Vasco Graça Moura

2 comentários:

  1. não há melhor companhia do que um cão, quando o silêncio é necessário. não há criatura que leia melhor a angústia!

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  2. Antes prefiro também, a companhia serena de um cão, com os seus olhos meigos e líquidos, a sua língua ternurenta, o seu conforto....Você fez-me lembrar a saudade imensa dos meus cães. Obrigada. Tuka

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