Já lívido repousa em seu regaço. Já não escuta, não vê, não ri, não fala. Aquele que foi Seu filho, Ela o embala Morto, alheia a tempo e espaço. O mistério parou no limiar dos assombros. Dos irados profetas, das rígidas escrituras Sobra um Deus morto; e os únicos escombros São a atónita aflição das criaturas. Eles choram, vários, como vários são Sua revolta e sua dor. Absorto, O olhar da Mãe escorre, inútil, no chão. Ela, o que chora? O Deus parado - ou o filho morto?Reinaldo Ferreira
sábado, abril 23, 2011
Pietá
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