O poeta beija tudo, graças a Deus… E aprende com as coisas a sua lição de sinceridade…
E diz assim: “É preciso saber olhar…”
E pode ser, em qualquer idade, ingénuo como as crianças, entusiasta como os adolescentes e profundo como os homens feitos…
E levanta uma pedra escura e áspera para mostrar uma flor que está por detrás…
E perde tempo (ganha tempo…) a namorar uma ovelha…
E comove-se com coisas de nada: um pássaro que canta, uma mulher bonita que passou, uma menina que lhe sorriu, um pai que olhou desvanecido para o filho pequenino, um bocadinho de sol depois de um dia chuvoso…
E acha que tudo é importante…
E pega no braço dos homens que estavam tristes e vai passear com eles para o jardim…
E reparou que os homens estavam tristes…
E escreveu uns versos que começam desta maneira: “O segredo é amar…”
Sebastião da Gama
Por causa da Ressurreiçaõ de Lázaro que a Missa do V Domingo (Ano A) nos aparesenta, fui buscar a Sebastião da Gama o seguinte verso: «Só espero que a morte / não venha matar um morto». Com base nisto tentei elaborar a minha reflexão como homilia. Um poeta das coisas simples do quotidiano, por isso, imperioso...
ResponderEliminarLindíssimos versos... E tão cheios de verdade! Afinal, se não houvessem os poetas, talvez tantas coisas belas não seriam olhadas...
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