Heinrich-Heine 1797-1856
Farta das diatribes políticas e das iras ambientais, falo-vos hoje de um gosto muito pessoal: ler.
Creio que o primeiro livro que tive era de pano e da Majora.
Depois, mesmo antes de saber ler, devo ter roído os cantos a alguns dos livros das minhas irmãs. Foi daí, talvez, que me ficou o gosto de ler.
Lembro-me da "guerra" de quem primeiro apanhava o novo livro dos Cinco ou outros que meu Pai trazia, da corrida, ao sábado, à chegada do jornal na porta de casa para primeiro ter na mão o "Cavaleiro Andante" ou o "Mundo de Aventuras"…
Fui crescendo e da biblioteca caseira saíram os textos que me alimentaram paixões, desilusões, o ócio, o fastio do estudo, o prazer.
Por entre as folhas numeradas, criei amigos inseparáveis com que ainda hoje privo.
Pegar num livro, sentir a textura do papel, o cheiro, ler a informação do autor, ou o tópico do texto, é um desafio.
Hoje, também, é urgente abrir o livro e ler, ser transportado nas letras, parar no tempo que nos emociona e viver a história que não é nossa.
Porque a história propriamente dita do Livro, é a da humanidade e da sua evolução.
Creio que o primeiro livro que tive era de pano e da Majora.
Depois, mesmo antes de saber ler, devo ter roído os cantos a alguns dos livros das minhas irmãs. Foi daí, talvez, que me ficou o gosto de ler.
Lembro-me da "guerra" de quem primeiro apanhava o novo livro dos Cinco ou outros que meu Pai trazia, da corrida, ao sábado, à chegada do jornal na porta de casa para primeiro ter na mão o "Cavaleiro Andante" ou o "Mundo de Aventuras"…
Fui crescendo e da biblioteca caseira saíram os textos que me alimentaram paixões, desilusões, o ócio, o fastio do estudo, o prazer.
Por entre as folhas numeradas, criei amigos inseparáveis com que ainda hoje privo.
Pegar num livro, sentir a textura do papel, o cheiro, ler a informação do autor, ou o tópico do texto, é um desafio.
Hoje, também, é urgente abrir o livro e ler, ser transportado nas letras, parar no tempo que nos emociona e viver a história que não é nossa.
Porque a história propriamente dita do Livro, é a da humanidade e da sua evolução.
Dos pergaminhos escritos, aos rolos de papiro e à impressão rápida e económica de hoje, medeiam séculos. Jorge Luiz Borges dizia que "de entre os instrumentos inventados pelo homem, o mais impressionante é, sem dúvida, o livro…é uma extensão da memória e da imaginação".
Cada país tem as suas referências nos autores que imortalizaram ou imortalizam a sua língua - é um veículo de divulgação de cultura, de enriquecimento pessoal, é democrático porque lemos o que queremos quando queremos, privando de perto com a sensibilidade do autor, suas ideias e ideais.
Saramago disse que "é ainda possível chorar sobre as páginas de um livro, mas sobre um disco rígido, não."
Não aceito pois que a formação de um jovem não inclua, desde cedo, os bons hábitos de leitura e cheguem às obras leccionadas e obrigatórias com a apreciação de "uma ganda seca".
Cada país tem as suas referências nos autores que imortalizaram ou imortalizam a sua língua - é um veículo de divulgação de cultura, de enriquecimento pessoal, é democrático porque lemos o que queremos quando queremos, privando de perto com a sensibilidade do autor, suas ideias e ideais.
Saramago disse que "é ainda possível chorar sobre as páginas de um livro, mas sobre um disco rígido, não."
Não aceito pois que a formação de um jovem não inclua, desde cedo, os bons hábitos de leitura e cheguem às obras leccionadas e obrigatórias com a apreciação de "uma ganda seca".
Sinais dos tempos da era informática, global, que isola, sujeita e condiciona a um simples ecrã horas sem fim.
Ler é crescer, é projectar perspectivas, pensamentos e opiniões.
Ler completa-nos, abre-nos os braços, humaniza-nos.
Quintana dizia que "os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem".
Só num livro podemos virar a folha a bel-prazer, folhear, voltar atrás e espreitar o próximo capítulo ou o enredo final.
Na vida, não.
Ler é crescer, é projectar perspectivas, pensamentos e opiniões.
Ler completa-nos, abre-nos os braços, humaniza-nos.
Quintana dizia que "os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem".
Só num livro podemos virar a folha a bel-prazer, folhear, voltar atrás e espreitar o próximo capítulo ou o enredo final.
Na vida, não.
Maria Teresa Góis
publicado Diário Notícias da Madeira, hoje, Opinião/Sinais dos Tempos
Ler e aprender também é algo que reside em mim e de que não abdico.
ResponderEliminarFaltou-me, no entanto, um aprofundamento deste grande prazer. Uma formatura em Letras que me daria uma abrangência de conhecimento que ora me permitiria ir muito mais além na minha escrita ao ponto de aproveitar o tempo livre talvez para escrever um livro.
Paciência...
Gostei do teu artigo de opinião sobre o tema.
Querida amiga.
ResponderEliminarSempre gostei de ler. Mas nem tudo se pode ler hoje, visto haver tanta miséria na escrita que, dá vómitos. Normalmente tenho sempre um livro à cabeceira, mas tenho de ser eu a escolher.
Sempre gostei até sa leitura de cordel e, se era difícil nos meus tempos de meninice comprar um livro? Também me lembro perfeitamente do "Cavaleiro Andante", do Mosquito, entre outros.Hoje a profusão de papel é tal que desde que não seja bem espiolhado pouco se aproveita.
Quando fui para a Escola Industrial, como trabalhava de dia, já comprava alguns bons livros. Felizmente, tive a oportunidade de incutir nos meus filhos também o gosto pela leitura e, meu neto, vai pelo mesmo caminho.
Já me esquecia, gostei do seu artigo no DN.
Outra notícia:- Somente um pé de Maracujá não sobreviveu , pois foi comido pelos gafanotos. Metade deles, foram cedidos a um colega e vizinho que adora fazer cultivo.
Desejo-lhe uma boa semana. Um abraço JOÃO
Bem escrito como é teu costume.
ResponderEliminarGostei bastante.
Beijokas