Considerado como um dos locais mais bonitos de Lisboa na actualidade, a construção de um aqueduto para levar água à cidade deu, a D. João V (1706-1750), a oportunidade para satisfazer a sua paixão pelas construções grandiosas, uma vez que a única área de Lisboa que tinha água era o bairro da Alfama.
O projecto foi custeado com a receita de uma taxa sobre a carne, o vinho, o azeite e outros produtos alimentares. Apesar de só ter sido concluído no século XIX, em 1748 já atendia a função de fornecer água à cidade.
Na primeira fase da sua construção, até à chegada a Lisboa em 1748, contou com a participação de arquitectos e engenheiros militares famosos, nomeadamente António Canevari (italiano), Manoel de Azevedo Fortes, Silva Pais, Manuel da Maia, Custódio Vieira (autor da arcaria sobre o vale de Alcântara) e Carlos Mardel (húngaro). Manuel da Maia e Carlos Mardel haveriam de ter, após o grande terramoto de 1755, um papel crucial na reconstrução da Baixa Pombalina.
O caminho público por cima do aqueduto, esteve fechado desde 1853, em parte devido aos crimesDiogo Alves, um criminoso que lançava as suas vítimas do alto dos arcos e que foi o último decapitado da História de Portugal. Actualmente é possível fazer um passeio guiado por cima dos mesmos. Também é possível, ocasionalmente, visitar o reservatório da Mãe d’Água. praticados por
Características
A sua conduta principal apresenta a extensão de 19 quilómetros, embora o comprimento total, incluindo os canais secundários, seja de 58 quilómetros. A sua parte mais conhecida são os 35 arcos sobre o vale, o mais alto dos quais mede 65 metros de altura.
Na extremidade do aqueduto, a Mãe d’Água das Amoreiras é uma espécie de castelo que outrora serviu como reservatório. O desenho original, de 1745, foi do arquitecto Carlos Mardel. Completado em 1834, tornou-se num popular local de encontro para os monarcas e as suas amantes. Actualmente esse espaço, requalificado como Museu da Água, é utilizado para exposições de arte, desfiles de moda e outros eventos.
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