[google6450332ca0b2b225.html

sexta-feira, dezembro 11, 2009

o que não mata, engorda

nojento para alguns, surpreendente para outros, o hábito cambodjano de comer toda a espécie de bichos, desperta curiosidade.
Phnom Penh, as ruas estão cheias de bares e restaurantes; é ali que se juntam os vendedores de bichos...comestíveis.Peço um combinado.Começo com uns escaravelhos negros do tamanho de uma unha, temperados com açúcar, sal e alho,grelhados na chapa.Primeiro é preciso arrancar as asas às minúsculas criaturas, crocantes e que sabem a molho de soja.De seguida, os gafanhotos do tamanho de um polegar; parecem batatas fritas muito estaladiças.Passemos às larvas de escaravelho. Diríamos um fruto suculento, macio e com a consistência de uma passa de uva que, ao trincar, "estalam" na boca. Atiro-me às tarântulas, quase do tamanho da palma da mão e fritas. s patas peludas fazem-me cócegas nos lábios, rangem e são estaladiças ao mastigar, sendo mais salgadas e macias a partir do meio do abdómen. Estou pronta para a fase seguinte: os répteis.A cobra é uma decepção, tem a pele rija, sabe a carne de vaca seca. Chegam as rãs e descubro, encantada, que o viscoso desapareceu com a cozedura; sabem a frango.
Chega a hora da digestão e preparo-me para a diarreia e os vómitos.Porém, nada disso acontece.Estou satisfeita e cheia de energia. Deixo um conselho: para a degustação de bichos não se esqueça dos palitos.As patas dos insectos têm a tendência irritante de se enfiarem no meio dos dentes.
adaptadodo Courrier-autora Marika Hill

Sem comentários:

Enviar um comentário