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domingo, março 21, 2010

Dia Internacional Contra a Discriminação Racial

Foi há 50 anos que aconteceu o Massacre de Shaperville, na África do Sul. No dia 21 de Março de 1960, o Congresso Pan-Africano (PAC) organizou um protesto contra a Lei do Passe. Esta lei consistia na obrigatoriedade para a população negra da utilização de um cartão que identificava os locais onde poderiam e deveriam ir. Cinco mil foi o número de manifestantes reunidos em Shaperville, uma cidade próxima de Johannesburg, na província de Gauteng, África do Sul. A polícia tentou detê-los. Resultado: 69 mortos e 180 feridos. Pela primeira vez, o mundo prestou atenção à questão do Apartheid. O dia 21 de Março ficou na história como o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, desde o ano que sucedeu o Massacre de Shaperville até aos dias de hoje. Por essa altura, Nelson Mandela estava já bem empenhado na luta não violenta anti-apartheid. Tornou-se comandante do braço armado do ANC (o Umkhonto we Sizwe) em 1961, que ele próprio e outros colegas fundaram. Preparava-se uma alegada guerrilha e sabotavam-se os alvos militares. Em 1962, Mandela acabava preso. A sua história de luta pela igualdade social e de oposição ao Apartheid tornou-se de tal modo conhecida, que o movimento "Libertem Nelson Mandela" se tornou bandeira de todas as campanhas e grupos anti-apartheid ao redor do mundo.
Mandela foi libertado em 1990, um ano depois de ter recebido o Prémio Internacional Al-Gaddafi de Direitos Humanos.
Também de suma importância nesta luta é de Martin Luther King, pelo seu activismo político nos Estados Unidos, procurando o direito ao voto e igualdade entre as raças. Se Mandela e Luther King se tornaram ícones, foi porque mudaram mentalidades. Hoje, arriscamo-nos a enumerar um rol de personalidades que, de uma forma ou de outra, se têm destacado na defesa das minorias étnicas. Muitos deles com projecção na área da indústria cultural, como é o caso de Bono Vox. líder da Banda U2. Esta evolução das mentalidades tem trazido ao mundo acontecimentos considerados históricos. Os Estados Unidos da América, um dos países onde as minorias étnicas pareciam sentir-se mais discriminadas, elegeram recentemente o primeiro Presidente negro da sua história, Barack Obama. Oprah Winfrey foi considerada pela revista Forbes a mulher mais influente e rica do séc. XX. Muitas coisas mudaram. E, ao mesmo tempo, os actos de racismo e xenofobia persistem. São conhecidas poucas queixas de discriminação ao nível oficial. Mas segundo um relatório da Amnistia Internacional divulgado esta semana “o racismo e a xenofobia não são de todo inexistentes”. Uma das principais dificuldades continua a ser entrada no mercado de trabalho de negros e imigrantes, sobretudo na Europa. É por isso que, nos vários países do mundo, existem hoje associações e instituições cujo objetivo é apoiar a integração dos imigrantes. Duarte Miranda Mendes, chefe de gabinete do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI) alerta para a importância de “saber ver o outro, e nunca criar estereótipos ou discriminar em função da nacionalidade estrangeira, da cor da pele, do apelido ou de algumas tradições ou especificidades culturais que se desviem daquilo que são os padrões”.
Portanto essa data deve ser referenciada como um marco na Luta Contra Quaisquer Formas de Discriminação, contra as mulheres, idosos, negros, imigrantes.
(fonte:net)

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