Hoje, pela primeira vez após o dia 20 de Fevereiro passado, percorri a estrada que liga, através da Serra d'Água, o Norte ao Sul da Ilha.
Incomoda ver o panorama actual. Todo o verde que existia nas margens da ribeira, choupos, salgueiros, nogueiras, canaviais, hortas...tudo desapareceu. Se a ribeira tinha 5, 6 metros de largura hoje vai de lado a lado, num espojamento de pedras roladas, de pedregulhos vermelhos que eu nunca por ali vira, de destroços. O sol muito a custo consegue dar algum brilho aos poucos verdes que restam e a água corre, ainda cheia de força, branca e ágil. E corre das falésias abaixo, em riscos múltiplos de aviso, imprimindo na rocha o respeito que os homens desdenham.
Algumas das casa esperam demolição, os carros destroçados também esperam remoção e aquelas gentes, que podem esperar? A vida nunca mais será mais será igual.
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