"Proibir o preservativo é consentir a morte de muitas pessoas"
D. Januário Torgal Ferreira, bispo das forças armadas, contradizendo em absoluto a tese defendida pelo Papa Bento xvI - in Diário Noticias
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«Quando a pessoa infectada não prescinde das relações e induz o(a) parceiro(a) (conhecedor ou não da doença) à relação, há obrigação moral de se prevenir», lê-se.
Uma prevenção com o objectivo «de não provocar a doença na outra pessoa». «Aqui, o preservativo não somente é aconselhável como poderá ser eticamente obrigatório», destaca D. Ilídio. Referindo-se em concreto às declarações de Bento XVI questiona a surpresa que elas levantaram.
«Que queriam que ele dissesse? Afirmando que sim, banalizava o valor, o sentido e a vivência da sexualidade, enquanto dimensão do ser humano, centro, símbolo e expressão das relações profundas da pessoa», lê-se ainda no texto.
Ainda sobre a sua posição relativamente ao Sumo Pontífice, o prelado português acaba por ser tácito: «Ainda bem que o Papa não cede a tentações de simpatia, facilitismo ou conveniência!». D. Ilídio contesta ainda a atenção dada ao tema ‘preservativo’ aquando da visita papal aos Camarões, destacando as posições do Vaticano relativamente a outros assuntos «como a pobreza, a fome, a justiça social (…) e os apelos a que os países ricos cumpram os seus compromissos a favor do desenvolvimento».
D. Ilídio Leandro - Bispo de Viseu
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