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terça-feira, setembro 22, 2009

Conficker: Chegou o vírus informático que ninguém sabe matar

Se tem o Windows e o anti-vírus devidamente actualizados a praga que afecta por estes dias a Internet poderá passar-lhe ao lado. Mas se não é este o seu caso, tem razões para estar preocupado. O Conficker foi concebido para roubar informação pessoal e sensível como por exemplo palavras-passe e números de cartões de crédito.

Até ao momento, os peritos em segurança informática dizem que é "quase impossível" derrotar o Conficker, o vírus que poderá infectar mais de cinco milhões de computadores só na Austrália, onde até se teme que possa parar a Internet, noticia hoje o "The Sidney Morning Herald ".

"É ponto assente entre os peritos em segurança que o Conficker é a maior ameaça jamais vista. Provou ser extremamente resistente. É quase impossível removê-lo. Os especialistas ainda não foram capazes de decifrar o código na base do vírus", afirma Rodney Joffe, director do Grupo de Trabalho Conficker , que reúne a Microsoft, Verisign, AOL, Symantec, F-Secure, entre outras grandes companhias.

Procuram-se vivos ou mortos

Detectado pela primeira vez em Novembro de 2008, este entendimento absolutamente invulgar alcançado entre as maiores empresas de tecnologia de informação do Mundo, pode ser interpretado como um sinal claro de que há razões para estar muito preocupado.

A Microsoft até já ofereceu uma recompensa de 250.000 dólares (€170.368) a quem forneça informações que conduzam à identificação dos autores do Conficker.


Números
€1.656.452
Prejuízo registado pela Câmara Municipal de Manchester, em Inglaterra, na sequência do ataque do Conficker em Julho último, que paralisou a rede informática impedindo a autarquia de cobrar centenas de multas.

Mas não são apenas os utilizadores domésticos que têm razões para estar preocupados. As redes informáticas das empresas e do Governos, também se encontram entre as vítimas desta praga que alastra rapidamente entre computadores e servidores devido a uma falha do sistema operativo Windows.

Jogo do rato e do gato

E nem é preciso realizar uma operação específica para propagar a infracção através da rede. Tudo o que os utilizadores têm de fazer é ligar o seu computador. (Veja o vídeo no final do artigo)

Rodney Joffe, que também trabalha para a empresa norte-americana de telecomunicações Neustar, explica que "a extraordinária resistência do Conficker reside na sua capacidade de impedir os computadores atacados de executar os programas anti-vírus".

"Mesmo que uma pessoa apague tudo o que está no disco rígido e volte a instalar o sistema operativo, basta transferir para o computador os ficheiros pessoais previamente guardados, para que este volte a ficar infectado", alerta Rodney Joffe.

Desde de que apareceu pela primeira vez, em Novembro de 2008, que os gurus da segurança, cada vez que pensam ter encontrado uma solução, vêem os piratas informáticos lançar uma nova versão do vírus, obrigando-os a começar tudo de novo.

Quem vencerá este jogo do rato e do gato, ninguém sabe. Até lá, continua a engrossar a lista de empresas e organismos públicos que já perderam muito dinheiro à conta desta praga.


disseminação do vírus em 01 de Abril de 2009



in: Expresso.pt

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