Atualmente, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) tem em mãos dois processos relacionados com os submarinos: o caso do contrato das contrapartidas, em que foi deduzida acusação contra 10 arguidos (sete portugueses e três alemães), ainda em fase de instrução, e um outro processo para se "apurar eventuais ilícitos de corrupção também relacionados com submarinos".
Num negócio que globalmente ascende os mil milhões de euros, o preço base dos dois submarinos era inicialmente de 769 324 800 euros, de acordo com os anexos 14 e 15 do contrato de aquisição, a que a agência Lusa teve acesso.
No entanto, o contrato assinado recebeu o visto do Tribunal de Contas a 25 de Agosto de 2004 e só entrou em vigor a 24 de Setembro de 2010, o que, com as penalizações, fixou o preço em 874 milhões de euros.
Segundo o ministro Augusto Santos Silva, o Estado vai começar a pagar o primeiro submarino ao consórcio bancário (que tem pago ao fornecedor) após a recepção provisória do segundo, que a Marinha conta receber durante o primeiro trimestre de 2011.
Entretanto, a 7 de Julho deste ano, o ministro das Finanças disse no Parlamento que a entrega do Tridente vai "pesar" nos consumos intermédios do Orçamento do Estado de 2010: entre 0,25 a 0,3 por cento, num PIB de 170 388 mil milhões de euros.(DN)
NOTA DA REDACÇÃO - são mil e tal milhões de euros que vão estar de "de molho", enquanto o Povo Português SECA para pagar o balúrdio que um outro submarino, habituado a brincar com barquinhos de papel na banheira, o dr. Paulo Portas, decidiu encomendar. Isto pelo gosto que ele tem pela Marinha (ou pelas "delícias do mar"...)
Em lugar de estarmos constantemente a repetir as patacuadas que alguns políticos, por demagogia ou ignorância, têm vindo a vomitar, deviamos perder algum tempo a pensar quais as razões que suportaram um longo processo de decisão política que em parlamentos de maioria socialista fizeram aprovar esta aquisição. Sem estar aqui a desenvolver o racional da importância de determinados meios para a defesa nacional, gostaria apenas de pedir-lhe que reflectisse um pouco nas críticas ao Dr. Paulo Portas. Podemos criticá-lo mais por ter, sem qualquer estudo ou justificação fundamentada cortado um dos três navios que tinham sido decididos adquirir do que por ter assinado o contrato. Quanto às "delícias do mar", julgo ser um à parte com alguma xenofobia, ou não? E que temos nós a ver com os gostos sexuais de cada um?
ResponderEliminarViva João e obrigada por ser visitante e comentador. O que acho de obsceno na postura de Paulo Portas é o facto de se arrogar como salvador da Pátria, como impoluto o que, na actividade política é pouco provável.Que foi um tremendo erro esta aquisição, a história prova-lo-á, tal como uma corvetas anteriormente adquiridas em que não cabiam os helis, etc. Que há uma arte política neste país de se esquivarem a processos dúbios, a declarações, enfim, à violação de leis juradas em fidelidade, a atitudes escusas e incorrectas. Mas em todos os quadrantes. Quanto às orientações sexuais seja de quem for, apenas lhe digo que pauto na minha vida um conceito: respeitar a liberdade dos outros para que respeitem a minha. Mas,dos actos, é preciso arcar com as responsabilidades. Fique bem.
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