O acordo tripartido, anunciado após decisão da UNESCO em manter Jerusalém na lista de sítios em risco, visa preservar a cidade sagrada de judeus, cristãos e muçulmanos.
Foram precisos 28 anos para Israel, Jordânia e Palestina decidirem deixar de lado as suas divergências políticas em nome da preservação da cidade antiga de Jerusalém. Na sexta-feira, após o Comité do Património Mundial da UNESCO ter decidido manter a cidade na lista de locais em risco de conservação, os três países anunciaram um acordo tripartido inédito em nome da preservação da cidade considerada sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos.
Para justificar a decisão, o órgão da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) referiu o "avanço das pesquisas exploratórias" que alteraram algumas das características de muitos dos 220 monumentos históricos que valeram à Cidade Velha de Jerusalém o título de Património Mundial.
Classificada como Património da Humanidade em 1981, foi logo no ano seguinte que Jerusalém foi colocada na lista de locais em risco. "Trata-se de uma decisão inédita e histórica que foi muito festejada pelas delegações" que participam na 34.ª Assembleia do Comité, reunido até amanhã em Brasília, referiu o organismo, através de comunicado colocado no seu site oficial.
"Pela primeira vez, Israel, Jordânia e Palestina reuniram-se para propor um plano de acção conjunta para a preservação da parte antiga da cidade de Jerusalém", acrescenta a nota, destacando o facto de os três países estarem dispostos a chegar a um compromisso que permita retirar Jerusalém da lista de locais em risco.
Além de avaliar a situação dos locais classificados como Património Mundial - decidindo a sua inclusão, retirada ou manutenção da lista de locais em risco -, a reunião anual do Comité do Património Mundial é também ocasião para serem analisadas novas propostas.
De entre as 39 candidaturas apresentadas este ano por 33 países, quinze novos locais foram já aprovados, aumentando de 890 para 905 os sítios que a nível mundial ostentam esse título.
Na Europa, os canais de Singelgracht, em Amesterdão, na Holanda, e a cidade episcopal francesa de Albi, foram contempladas.
Na Ásia, a UNESCO classificou a cidadela imperial Thang Long, na capital vietnamita Hanói, os templos sagrados do Monte Song- shang, perto de Dengfeng, na província chinesa de Henan, e ainda o sítio arqueológico Sarazm, no Tajiquistão. Hahoe e Yangdong, vilas históricas do século XIV, na Coreia do Sul, e o observatório astronómico do século XVIII Jantar Mantar, em Jaipur, na Índia, passaram também a Património Mundial.
No Médio Oriente, três novidades: o bairro quinhentista Turaif, da cidade Diriyah, no Norte da Arábia Saudita, o histórico bazar de Tabriz e um santuário em Ardabil, no Irão. Um conjunto de onze prisões construídas pelo Império Britânico na Austrália foi a única candidatura aprovada na Austrália. O Parque Natural Ngorongoro, na Tanzânia, foi o único local galardoado em África.
O atol de Bikini, nas ilhas Marshal, e Papahânaumokuâkea, um conjunto de pequenas ilhas e atóis do Havai passaram a integrar a lista como património natural. Por último, o Planalto Central do Sri Lanka foi classificado como património misto.DN, Lisboa
Para justificar a decisão, o órgão da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) referiu o "avanço das pesquisas exploratórias" que alteraram algumas das características de muitos dos 220 monumentos históricos que valeram à Cidade Velha de Jerusalém o título de Património Mundial.
Classificada como Património da Humanidade em 1981, foi logo no ano seguinte que Jerusalém foi colocada na lista de locais em risco. "Trata-se de uma decisão inédita e histórica que foi muito festejada pelas delegações" que participam na 34.ª Assembleia do Comité, reunido até amanhã em Brasília, referiu o organismo, através de comunicado colocado no seu site oficial.
"Pela primeira vez, Israel, Jordânia e Palestina reuniram-se para propor um plano de acção conjunta para a preservação da parte antiga da cidade de Jerusalém", acrescenta a nota, destacando o facto de os três países estarem dispostos a chegar a um compromisso que permita retirar Jerusalém da lista de locais em risco.
Além de avaliar a situação dos locais classificados como Património Mundial - decidindo a sua inclusão, retirada ou manutenção da lista de locais em risco -, a reunião anual do Comité do Património Mundial é também ocasião para serem analisadas novas propostas.
De entre as 39 candidaturas apresentadas este ano por 33 países, quinze novos locais foram já aprovados, aumentando de 890 para 905 os sítios que a nível mundial ostentam esse título.
Na Europa, os canais de Singelgracht, em Amesterdão, na Holanda, e a cidade episcopal francesa de Albi, foram contempladas.
Na Ásia, a UNESCO classificou a cidadela imperial Thang Long, na capital vietnamita Hanói, os templos sagrados do Monte Song- shang, perto de Dengfeng, na província chinesa de Henan, e ainda o sítio arqueológico Sarazm, no Tajiquistão. Hahoe e Yangdong, vilas históricas do século XIV, na Coreia do Sul, e o observatório astronómico do século XVIII Jantar Mantar, em Jaipur, na Índia, passaram também a Património Mundial.
No Médio Oriente, três novidades: o bairro quinhentista Turaif, da cidade Diriyah, no Norte da Arábia Saudita, o histórico bazar de Tabriz e um santuário em Ardabil, no Irão. Um conjunto de onze prisões construídas pelo Império Britânico na Austrália foi a única candidatura aprovada na Austrália. O Parque Natural Ngorongoro, na Tanzânia, foi o único local galardoado em África.
O atol de Bikini, nas ilhas Marshal, e Papahânaumokuâkea, um conjunto de pequenas ilhas e atóis do Havai passaram a integrar a lista como património natural. Por último, o Planalto Central do Sri Lanka foi classificado como património misto.DN, Lisboa
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