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sexta-feira, agosto 13, 2010

eu vi estrelas...na noite das "Perseidas"

Eu vi estrelas, vi planetas, vi um céu desconhecido. Vi constelações, as suas formas e nomes, percebi o movimento nos céus...Que encantamento estar sob um firmamento imenso, acessível e inalcançável, apenas perturbado junto à linha de horizonte pela poluição que já se sente nos Estanquinhos, Paul da Serra, a 1500 metros.
Vi pelo telescópio as crateras da lua, vi que o olho do Cisne não era aquela estrela brilhante mas sim duas, uma azul (porque nova) e uma amarela. Aprendi que as estrelas mudam de cor, nascem azuis, passam a amarelas na sua pujança, alaranjam-se e morrem vermelhas.  Como em Centauro que tem a  brilhante estrela Alfa, que afinal são três estrelas, sendo uma delas mais vermelha porque em fim de vida estrelar. Vi "Pégaso" e o seu quadrado, a princesa "Cassiopeia", e ouvia o ahh colectivo quando, as Perseidas marcavam num rasto de luz, o nosso céu.
Adorei, hei-de voltar.E tudo nos foi explicado desde o tempos primórdios da Astronomia até hoje, à inclinação do eixo da Terra há milhares de anos, ao nosso tempo, e ao tempo futuro.
MAS, há sempre um MAS...O triste mas do desinteresse, dos que falam e riem, mais alto até do que quem nos explica, dos que cantavam o "ponha aqui o seu pezinho" ou o "atirei o pau ao gato". Era quase 1h da manhã; aí retirei-me antes que a irritação me desse para correr os gatos à paulada...
Pena que as raras oportunidades que nos são dadas sejam desaproveitadas, apesar do esforço da organização, que seja tão fraco o interesse pelo conhecimento, que seja tão ténue a sensibilidade para a preservação deste Património Mundial.
E a noite estava cálida, serena, quase perfeita - só o Homem vulgar impediu essa perfeição.



Maria Teresa S. T. Góis

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