Andam aves agoirentas
Quase a rasarem o chão,
Nunca dizendo que sim,
Dizendo sempre que não.
Mas não tenho mão em mim.
Que importa a voz da razão?
E vou sempre ter contigo
Por mais que digam que não
Os presságios do destino
Ao pé de ti nada são.
Rendição sem condições
Eis a minha rendição.
Mais febris e mais violentas
São as horas da paixão
Quanto maiores as tormentas
Que andaram no coração.
Nos teus olhos há clarões
Da luz que os desejos dão.
E das aves agoirentas
Ficam penas pelo chão.
Quase a rasarem o chão,
Nunca dizendo que sim,
Dizendo sempre que não.
Mas não tenho mão em mim.
Que importa a voz da razão?
E vou sempre ter contigo
Por mais que digam que não
Os presságios do destino
Ao pé de ti nada são.
Rendição sem condições
Eis a minha rendição.
Mais febris e mais violentas
São as horas da paixão
Quanto maiores as tormentas
Que andaram no coração.
Nos teus olhos há clarões
Da luz que os desejos dão.
E das aves agoirentas
Ficam penas pelo chão.
David Mourão Ferreira
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