Na próxima madrugada o Estado americano da Virgínia deverá executar uma mulher pela primeira vez desde 1912. O caso de Teresa Lewis, condenada por assassínio, causa polémica nos Estados Unidos da América e no mundo. Por um lado, é alegadamente atrasada mental; por outro, é raro uma mulher ser executada. Desde que o Supremo Tribunal repôs a pena de morte, em 1976, só 11 dos 1226 executados eram do sexo feminino (a última em 2005, no Texas).
Lewis, de 41 anos, deverá morrer por injeção letal às 21 horas locais (duas da manhã em Portugal), no Centro Correcional Greensville, na localidade de Jarratt. Foi considerada culpada de ter mandado matar o marido e o enteado, em outubro de 2002. Para tal terá contratado dois assassinos a quem pagou em sexo e dinheiro. Também lhes prometeu parte do seguro de vida que receberia na sequência dos falecimentos.
O marido de Teresa Lewis, Julian, e o enteado, Charles, foram mortos a tiro, em casa, na noite de 30 de outubro de 2002. Charles, militar na reserva, tinha um seguro de vida no valor de 250 mil dólares (187 mil euros), cujo beneficiário era o pai. Na morte deste, Lewis poderia recolher o dinheiro.
Os advogados da reclusa alegam que Lewis não tinha capacidades intelectuais para organizar o assassínio. Dizem que a sua inteligência é "borderline" e que foi manipulada pelos assassinos, Rodney Fuller e Matthew Shallenberger. Este último terá reconhecido ser essa a verdade, dizem os defensores de Lewis. Ambos foram condenados a prisão perpétua, mas Shallenberger suicidou-se na cadeia, em 2006. Outros apoiantes da condenada dizem que ela se regenerou na prisão, citando outras reclusas e capelães da penitenciária. fonte PUBLICO
Nota da redacção - Falando alto e bom som contra o Irão, os países de África mas, estranhamente, não falando contra Israel, os EUA com mais esta atitude são piores do que os regimes citados. Piores porque vivem num mundo Ocidental, evoluído, instruído minimamente, que tem assento nas principais cadeiras do Mundo, que pretende mandar no Mundo (e às vezes até o consegue) mas que mata pessoas, fora da guerra, aplicando uma lei de pena de morte.
Quantos estarão agora no "corredor da morte"? Que país "pequeno" é este que ainda não encontrou leis justas para punir os seus prevaricadores, que tolerância podemos, nós, Mundo civilizado, ter em relação a estas atitudes? Nem quero evocar o número de civis mortos no Iraque ou Afeganistão, os tais chamados de "danos colaterais" por um general americano. Quero apenas dizer que um governo que assim procede no século XXI não merece respeito de ninguém.
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