Ele jaz, imóvel na distância, parado na claridade de um sol dominador onde brincam sombras meigas de nuvens e aragens de ventos.
O sentimento de posse enche-me, transborda numa dor de alma ainda em construção.
Se aqui estivesses medirias o caminho que vai dos teus sonhos aos meus!
Mas não numa ilha, vives num penhasco rodeado de nevoeiros em que eu não estou, onde sons indecifráveis e azuis aguados batem, gemem, imploram.
Eu olho a claridade e tu o breu da noite. Temes a perda de barcos que eu vejo passar libertos, salvos. Teces na espuma toalhas de renda branca enquanto eu estendo tapetes urdidos de verdes e castanhos no mais puro odor, o da terra molhada.
E este, só este, é o caminho que vai dos meus sonhos aos teus!
Porto Moniz, 28/04/02
Maria Teresa Góis
Lindíssimo!
ResponderEliminar