"...Estar nos meios é fácil. Mas parece ser mais difícil para a Igreja converter-se à mentalidade dos tempos modernos. E quanta coisa precisa urgentemente a Igreja, para que a humanidade de hoje não se sinta tão órfã. Falta mudar a linguagem que muitas vezes nada diz aos homens e às mulheres de hoje, falta desburocratizar e mandar às urtigas 90% das papeladas que são necessárias para celebrar os sacramentos, falta conceder o Sacramento da Ordem (o Sacerdócio) à outra parte importante da humanidade, as mulheres. É incompreensível que este sacramento esteja unicamente reservado só para os homens, é preciso pôr termo a este machismo retrógrada e injusto, falta tornar o Celibato dos padres não uma imposição, mas uma opção, para que termine o escândalo da pedofilia no interior da Igreja e outras anomalias, cuja causa radica nesta imposição anacrónica, falta acabar com a visão negativa da pessoa humana e valorizar tudo o que faz parte da condição humana, acabando com a visão infernal sobre a sexualidade... Numa palavra, falta à Igreja tornar-se mais humana e, quem sabe, existir mais para este mundo e só depois anunciar o mundo que há-de vir.
Se não mudam os conteúdos e a doutrina não se renova, toda esta aposta nos meios novos de comunicação, não leva a nada e algumas mensagens cairão no ridículo na imensidão da novidade e da ousadia que é a Internet. Mas, espero que me engane redondamente."
Publicada por José Luís Rodrigues, 23Maio 2009 jlrodrigues.blogspot.com
NOTA DA REDACÇÃO -Este texto foi parcialmente transcrito do blog do P.José Luís Rodrigues.
Acrescentaria que falta à Igreja de hoje, a começar pelo faustoso Vaticano, descobrir A FACE MATERNA DE DEUS.Talvez assim soubessem aceitar o necessário Ministério da Mulher. Porém e infelizmente, na cabeça de muitos Sacerdotes a mulher serve para as limpezas da igreja (leia-se edifício), para lavar e passar os paramentos, pôr as flores e pouco mais.Porque a s mulheres são mais dedicadas, cumpridoras, atentas e presentes, vê-mo-las nos ministérios de leitor e ministro da Comunhão. Ainda servem para catequistas, na maioria dos casos sem voz activa, poder de opinar, de inovar. Falta à Igreja do século XXI a força do Vaticano II e a evolução dos tempos. Falta-lhe uma direcção à imagem e semelhança de Jesus; uma Igreja sem excepções. E quanto às Mulheres, lembro só algumas das que acompanharam Jesus, das que o testemunharam à frente das igrejas domésticas de então, após a Sua morte: Maria Madalena, Maria mãe de Tiago, mais Marias, Suzana, Joana mulher de Cuza administrador de Herodes, Maria de Betânia, Lídia, Cloé, Priscila...
Onde estavam os homens nos momentos de angústia de Jesus?Não estavam.
Junto à Cruz, apenas um, João.
Após a Sua morte, Jesus só poderia aparecer primeiro às Mulheres - reconhecimento de uma dedicação, de capacidade e de uma Fé!
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