A Língua não é apenas um meio de comunicação, é também um instrumento de conhecimento e de pensamento. A Língua fala em nós tanto quanto nós a falamos, constitui o elemento fundamental da nossa identidade enquanto povo (e, sobretudo, enquanto "pátria", pluralidade de valores identitários que herdámos dos nossos país e que os nossos filhos herdarão de nós). São, por isso, dramáticas as notícias que dão conta de que, nos recentes exames nacionais do 9.º ano, o número de negativas a Língua Portuguesa aumentou 70%, apesar de o actual ME ter levado o nível de exigência dos exames ao grau zero. A falta de exigência a que se chegou é tal que, para se opor à opinião dos peritos para quem os exames do 12.º ano de Matemática foram este ano de novo "escandalosamente fáceis", o presidente da APM argumenta que o exame "tinha algumas coisas que exigiam alguma interpretação de (…) linguagem escrita". Ou seja, o exame não seria assim tão fácil porque… exigia "alguma" interpretação de linguagem escrita. Isto a alunos do último ano do Secundário! Diz a ministra que o país devia "encher-se de orgulho" com isto…
Manuel António Pina, JN, Lisboa
Se o Ministério tivesse a coragem de dizer a verdade, mas não a diz e é por isso que as coisas estão como andam... MUITO MAL!!! A minha Direcção de Turma, de 14 pequenos, tive 71,4% de níveis negativos, ou seja, 10 negativas e quatro positivas. Destas últimas, 3 mantiveram o nível e um desceu... Enfim e depois acham que nos devemos orgulhar... Só se for de sermos um país com um n.º de iletrados cada vez maior... EU NÃO ME ORGULHO!!!
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