VIVEMOS NUM PAÍS desgovernado pela “geração J” que trata da vidinha a servir os velhos arrependidos e pintados de fresco inventados pelo 25 de Abril. Mas este País pertence à “geração NEMNEM”, aqueles que nem estudam nem trabalham.
Por um lado, não aceitam, e bem, a precariedade do emprego, por outro recusam a falta total de mérito e a injustiça dos soldos de miséria. Muitos dos seus elementos são licenciados, chegaram a embarcar na brincadeira do mestrado mas acharam demasiado fazer como a geração J, a comprar o doutoramento onde for mais barato.
Desiludidos com a sociedade desregulada que os papás lhes vão deixar, não querem nada com a corrupção galopante, nem com os recomendados inúteis. E nada têm a esperar, de gente boa mas sem esperança, sem alternativa nem causas.
Uns não têm o estímulo de hoje, outros não conhecem o futuro de amanhã. 80 por cento daqueles que os mais velhos dizem não fazer nada, trabalham como negros, mas sem direitos nem uma justa compensação. Verdade que muitos encontraram tudo fácil, não tiveram de lutar por nada. Mas qual é o prémio para o sacrifício?!
Não é o dinheiro da “geração mil euros” que os aflige. O que os aflige é não verem futuro depois de estarem sem nada fazer, dependentes dos pais, recusando-se a alinhar nos estágios da roubalheira ou a aceitar a infâmia dos biscates. Percebo, respeito e gosto da geração NEMNEM. Um dia, isto há-de ser dela.
Por um lado, não aceitam, e bem, a precariedade do emprego, por outro recusam a falta total de mérito e a injustiça dos soldos de miséria. Muitos dos seus elementos são licenciados, chegaram a embarcar na brincadeira do mestrado mas acharam demasiado fazer como a geração J, a comprar o doutoramento onde for mais barato.
Desiludidos com a sociedade desregulada que os papás lhes vão deixar, não querem nada com a corrupção galopante, nem com os recomendados inúteis. E nada têm a esperar, de gente boa mas sem esperança, sem alternativa nem causas.
Uns não têm o estímulo de hoje, outros não conhecem o futuro de amanhã. 80 por cento daqueles que os mais velhos dizem não fazer nada, trabalham como negros, mas sem direitos nem uma justa compensação. Verdade que muitos encontraram tudo fácil, não tiveram de lutar por nada. Mas qual é o prémio para o sacrifício?!
Não é o dinheiro da “geração mil euros” que os aflige. O que os aflige é não verem futuro depois de estarem sem nada fazer, dependentes dos pais, recusando-se a alinhar nos estágios da roubalheira ou a aceitar a infâmia dos biscates. Percebo, respeito e gosto da geração NEMNEM. Um dia, isto há-de ser dela.
«24 horas» de 20 de Julho de 2009- Joaquim Letria
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