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sábado, agosto 22, 2009

início do Ramadão - os 5 pilares do Islão

"A crença é muito pessoal", defende o xeque David Munir. Este é o o único pilar que não está relacionado com a prática. Os muçulmanos têm de acreditar em seis crenças: Alá, como único Deus, nos anjos criados por Deus, nos livros sagrados, nos vários profetas, dos quais o último é Maomé, no Juízo Final e na predestinação . O imã da Mesquita Central de Lisboa sublinha que não se pergunta aos muçulmanos se estes têm fé. "É algo em que cada um tem de acreditar", considera. Os livros sagrados devem ser estudados e entre eles encontram-se a Tora, os Salmos e o Evangelho. O Alcorão é o principal e mais completo livro sagrado, constituindo a colectânea de todos os ensinamentos revelados por Alá ao profeta Maomé.

O último pilar do islão é a hajj ou a peregrinação a Meca (cidade natal do profeta Maomé), que acontece no último mês do calendário islâmico, Dul - Hijjah. Esta peregrinação é obrigatória pelo menos uma vez na vida, para qualquer muçulmano, homem ou mulher, que for mental, financeira e fisicamente apto. O peregrino tem de ter possibilidades financeiras para cobrir os gastos pessoais e familiares, pagar as suas dívidas ou pelos menos aprovisionar as mesmas, até a peregrinação acabar. Não é permitido ao crente contrair uma dívida para poder cumprir este preceito, pondo em risco a sobrevivência da família. Antes de chegar a Meca os peregrinos vestem-se com uma roupa toda branca, para que todos estejam iguais e não haja diferenças.

Significa abstinência de comer, de beber, de ter relações sexuais e de fumar entre o período antes da alvorada até ao pôr do Sol, durante o mês do Ramadão, que é nono mês do calendário islâmico. Mas a par da abstinência física existe uma vivência espiritual muito específica, em que cada um deve procurar viver de forma mais espiritual, paciente e altruísta. Estão isentos do jejum os idosos, os doentes crónicos (diabéticos, asmáticos, entre outros), as mulheres grávidas ou as que amamentam os filhos, as mulheres durante a menstruação e os viajantes. Também as crianças estão dispensadas de fazer jejum durante o Ramadão. Só a partir da puberdade passa a ser obrigatório o jejum completo para os mais novos.

É um dever prescrito por Deus e cumprido pelos muçulmanos em benefício da sociedade no seu conjunto. A palavra zacát não inclui apenas caridade, esmola, bondade, mas acrescenta a tudo isso a recordação de Deus e motivações tanto espirituais como morais. Zacát designa a quantidade anual em géneros ou quantia que um muçulmano tem de distribuir pelos mais necessitados. Representa um valor equivalente a 2,5% do lucro anual de um muçulmano, depois de deduzidas as despesas pessoais, as da família, os gastos indispensáveis, os impostos e as contribuições fiscais e outros encargos, conforme indica o xeque David Munir. Esta contribuição é considerada como uma forma de purificação e de culto.

Os muçulmanos têm de cumprir cinco orações diárias: a da alvorada, a do meio--dia, a do meio da tarde, a do pôr do Sol e a da noite. A prática da oração é obrigatória para qualquer muçulmano, quer seja homem ou mulher, desde que adulto, são e responsável. No caso das mulheres, estão dispensadas das orações, durante a menstruação ou no parto. O período máximo de ambos os casos é de dez e quarenta dias, respectivamente. Tanto homens com o mulheres devem vestir roupa adequada ao momento da oração, como, por exemplo, evitar roupas transparentes. Os fiéis devem estar voltados para Meca, a cidade santa, enquanto rezam. A oração só é válida se antes forem lavadas as partes do corpo expostas às impurezas.

in: DN, Lisboa

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