Agora é tempo de lamentar a morte e de clamar por justiça contra os assassinos.
Mas caso estes venham a ser presos, logo se multiplicarão explicações para o sucedido: psiquiatras, psicólogos e outros técnicos sociais dirão que a frieza do acto assassino se deve a problemas psico-sociais, a traumas de infância, a agressões ou mesmo a negligências de que os assassinos, eles próprios, terão sido vítimas na sua infância...
Quando finalmente os criminosos forem julgados, a sua eventual condenação a penas de prisão, ainda que leves, será considerada pesada, excessiva e porventura mesmo anti-pedagógica...
É assim a nossa existência.
O jovem estará morto.
Os assassinos estarão vivos e, daqui a uns anos, em liberdade, isto no caso de serem encontrados.
A sociedade viverá com mais medo ainda.
Tudo em nome da ressocialização e da desculpabilização dos infractores, tudo em nome das velhas teorias de Jean Jacques.
Mas o jovem continuará morto e será por todos esquecido, excepto pela sua família.
Até quando?
publicado por Rui Crull Tabosa
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