(minuete)
Em que língua te falo meu amigo
com que voz te converso neste canto
se morremos os dois se vou contigo
com a arma de sombra do meu espanto
Na sanzala de Lisboa te procuro
trago o Sol no cantil para te dar
quando te aperto a mão é sempre escuro
a terra à tua beira sempre mar.
Matei-te há tantos anos e estás vivo
deixei-te agonizar quando amanhece
em que língua te falo meu amigo
se morremos os dois e tudo esquece.
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