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quarta-feira, julho 01, 2009

O dia da Região da Madeira, na palavra transparente e verdadeira de um Madeirense



O Dia da Mamadeira

Hoje, dia 1 de Julho, é o dia da Região Autónoma da Madeira. Muitos têm razões para celebrar, de modo especial, os que tiveram engenho e arte de fazer da Madeira uma Mamadeira. Por isso, viva a Mamadeira do cimento armado, a do betão. A Mamadeira da construção desenfreada, ao abrigo das alterações dos planos directores (coisa que não se sabe o que é…) ao gosto de cada grupo económico. A Mamadeira para quem constrói a seu bel-prazer na orla costeira e em zonas protegidas ambientalmente. A Mamadeira para quem teve engenho e arte para sacar subsídios ao Governo Regional a torto e a direito, para fazer tudo e nada. A Mamadeira para os balúrdios que se gastou e gasta com o Jornal da Madeira, onde meia dúzia de senhores, receberam salários bem chorudos. A Mamadeira para o desporto profissional, para a compra de brasileiros, ao abrigo da imagem da Mamadeira lá fora. A Mamadeira para patrocinar programas televisivos e novelas de gosto duvidoso em nome do nosso turismo. A Mamadeira onde até a religião esqueceu a regra do Evangelho, «a César o que é de César, a Deus o que é de Deus», por isso, faltou-lhe visão profética e sentido de missão em favor de todo o povo. É com muita pena que se veja alguns dignitários da Igreja ao lado das figuras do poder político, quais acólitos submissos à autoridade, como se precisassem de tal atitude para sobreviver. A Mamadeira para quem se alimenta de pão e circo nesta terra onde o povo merecia melhor educação, melhor saúde e mais cultura. E como restava o vinho seco, a Mamadeira, até isso quer tirar ao povo, aos pobres. A maior parte das nossas tradições, a Mamadeira foi tirando, restava esta, a do vinho seco que alegrava o nosso povo, o fazia tão genuíno e o tornava tão fiel à máxima latina: «in vino veritas». Mas, a Mamadeira queria (não sei se conseguiu fazer uma ressalva para a lei do tabaco), mas para o vinho seco não interessa, porque é coisa de pobres (de povo), que não pode comprar whiskys de rótulos pretos e vinhos engarrafados lá fora pelas grandes companhias de vinhos. Mais uma para engrossar a lista longa que embeleza o jardim das delícias que é a nossa - nossa, vamos indo, quer dizer, de alguns - Mamadeira. E assim se dança o bailhinho da Mamadeira.

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