O 'Aedes aegypti' chegou ao arquipélago português em 2005 e está a ser muito difícil de erradicar "O mosquito vector da dengue avança perigosamente para Portugal continental", alerta António Grácio, da Unidade de Entomologia Médica, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical. O mosquito Aedes aegypti , que transmite a dengue, a febre-amarela e de pelo menos mais 22 adenovírus, apareceu no arquipélago da Madeira em 2005. "Deve ter vindo do Brasil ou da Venezuela em contentores. O ovo é muito resistente às condições adversas e é capaz de sobreviver durante dois ou três anos", admite o entomologista. E ainda aí permanece, sem que as autoridades consigam elimina--lo. "A resistência do mosquito aos insecticidas está a dificultar a sua erradicação da Madeira. Estamos perante um adversário muito poderoso", reconhece Grácio. Não há, no entanto, registo de nenhum caso de dengue no arquipélago. Por outro lado, o especialista adiantou ainda que, para além da Madeira, existe o risco da chega- da do transmissor da dengue a Portugal continental através da Europa, nomeadamente de Espanha. O mosquito Aedes albopictus, outro transmissor da doença, já foi encontrado na zona de Barcelona e, em Itália, provocou um surto de infecção por chikungunya, uma doença caracterizada por provocar febres altas. Foram registados até ao momento pelo menos 247 casos na Península, mas pensa-se que possam ser muitos mais. "Ainda não foi detectado nenhum dos vectores no Continente, o que não quer dizer que não possam cá estar", salienta aquele especialista. Ainda assim, o risco de epidemia ou pandemia não é muito elevado: "para isso seria necessário haver uma grande densidade de doentes infectados e grande densidade de vectores". Quanto à malária, a doença é transmitida pela picada das fêmeas de mosquitos do género Anopheles, presente em países tropicais da África e América Latina, onde todos os anos se registam 300 a 500 milhões de casos. Em Portugal esta espécie foi erradicada nos anos 60. (IN: Diário Notícias, Lisboa, hoje)
NOTA DA REDACÇÃO - SE O GOVERNO REGIONAL DA MADEIRA NÃO TENTASSE ESCONDER O CASO APÓS O APARECIMENTO DAS PRIMEIRAS PESSOAS QUE RECORRERAM AO HOSPITAL DO FUNCHAL, PICADAS, E SÓ EM OUTUBRO DE 2008 ASSUMIU A DISSEMINAÇÃO E A IMPOSSIBILIDADE DE ERRADICAÇÃO, TALVEZ HOJE NÃO TIVÉSSEMOS TODA A COSTA SUL DA ILHA AMEAÇADA. A MADEIRA VIVE DO TURISMO, SE O DENGUE PROSSEGUIR NA SUA SOBREVIVÊNCIA, O QUE É MAIS PROVÁVEL DADAS AS CONDIÇÕES DE CALOR E HUMIDADE, A "GALINHA DOS OVOS DE OURO" MORRERÁ ÀS MÃOS DOS GOVERNANTES DA MA(MA)DEIRA
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