Estudo mostrou que o jovem faraó sofria de uma doença que lhe destruía os tecidos ósseos. Aos 19 anos, acabou por não resistir a um episódio de malária
Tutankamon, o rapaz-faraó cuja causa de morte, aos 19 anos, estava envolta em mistério, terá afinal morrido de malária e de uma doença óssea, a doença de Köhler, que lhe provocou destruição dos tecidos. Este é o resultado de um estudo genético realizado em 16 múmias daquela época, entre as quais a do próprio Tutankamon, e que será publicado hoje na revista científica JAMA.
O jovem faraó culminou uma das mais poderosas dinastias do Antigo Egipto, a do Império Novo (a décima oitava), que reinou na região há mais de três mil anos, entre 1550 e 1295 a.C. Tutankamon foi rei durante nove anos e morreu em 1324 a.C.
"Sabia-se muito pouco sobre Tutankamon e os seus antepassados antes de Howard Carter ter descoberto o seu túmulo intacto, em 1922, no Vale dos Reis. Foi a descoberta da sua múmia e dos preciosos tesouros sepultados com ela, em conjunto com outras descobertas arqueológicas ao longo do século XX [sobre o Antigo Egipto] que forneceram informação importante sobre a vida do rapaz-faraó e da sua família", escrevem os autores, um grupo internacional de investigadores, liderado por Zahi Hawass, do Conselho de Antiguidades do Egipto, no Cairo.
Para determinar a causa de morte de Tutankamon e investigar a possibilidade de doenças hereditárias na família real, os investigadores usaram a radiologia e a análise genética, que aplicaram num total de 16 múmias, das quais 11 (incluindo a de Tutankamon) pertenciam à mesma família. As outras cinco eram de reis do início do Novo Império, entre 1550 e 1479 a.C., e não pertenciam à linhagem de Tutankamon.
Os trabalhos decorreram entre Setembro de 2007 e Outubro de 2009 e, além de terem determinado que Tutankamon sofria de malária e de malformações ósseas graves, permitiram identificar também uma das múmias como Akenaton, o pai do jovem faraó, e marido da lendária Nefertiti. As duas múmias de Akenaton e Tutankamon partilham inúmeras características morfológicas únicas, bem como o mesmo grupo sanguíneo.
Outra das múmias estudadas foi identificada como Tye, a mãe de Akenaton e avó de Tutankamon.
"Os resultados levaram-nos a concluir que uma circulação sanguínea insuficiente nos tecidos ósseos, que fragilizou ou destruiu uma parte deles, combinada com a malária, foi a causa mais provável da morte de Tutankamon", explicou Zahi Hawass. O estudo mostrou também que o jovem faraó havia sofrido uma fractura pouco antes da sua morte. A mesma fragilidade óssea foi identificada noutros membros da família que apresentavam malformações idênticas. (DN, Lisboa)
O jovem faraó culminou uma das mais poderosas dinastias do Antigo Egipto, a do Império Novo (a décima oitava), que reinou na região há mais de três mil anos, entre 1550 e 1295 a.C. Tutankamon foi rei durante nove anos e morreu em 1324 a.C.
"Sabia-se muito pouco sobre Tutankamon e os seus antepassados antes de Howard Carter ter descoberto o seu túmulo intacto, em 1922, no Vale dos Reis. Foi a descoberta da sua múmia e dos preciosos tesouros sepultados com ela, em conjunto com outras descobertas arqueológicas ao longo do século XX [sobre o Antigo Egipto] que forneceram informação importante sobre a vida do rapaz-faraó e da sua família", escrevem os autores, um grupo internacional de investigadores, liderado por Zahi Hawass, do Conselho de Antiguidades do Egipto, no Cairo.
Para determinar a causa de morte de Tutankamon e investigar a possibilidade de doenças hereditárias na família real, os investigadores usaram a radiologia e a análise genética, que aplicaram num total de 16 múmias, das quais 11 (incluindo a de Tutankamon) pertenciam à mesma família. As outras cinco eram de reis do início do Novo Império, entre 1550 e 1479 a.C., e não pertenciam à linhagem de Tutankamon.
Os trabalhos decorreram entre Setembro de 2007 e Outubro de 2009 e, além de terem determinado que Tutankamon sofria de malária e de malformações ósseas graves, permitiram identificar também uma das múmias como Akenaton, o pai do jovem faraó, e marido da lendária Nefertiti. As duas múmias de Akenaton e Tutankamon partilham inúmeras características morfológicas únicas, bem como o mesmo grupo sanguíneo.
Outra das múmias estudadas foi identificada como Tye, a mãe de Akenaton e avó de Tutankamon.
"Os resultados levaram-nos a concluir que uma circulação sanguínea insuficiente nos tecidos ósseos, que fragilizou ou destruiu uma parte deles, combinada com a malária, foi a causa mais provável da morte de Tutankamon", explicou Zahi Hawass. O estudo mostrou também que o jovem faraó havia sofrido uma fractura pouco antes da sua morte. A mesma fragilidade óssea foi identificada noutros membros da família que apresentavam malformações idênticas. (DN, Lisboa)
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